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Credit Suisse bloqueia R$ 1 milhão de executivos presos na Lava Jato

Dinheiro de contas de Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, e do João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa, será transferido para contas judiciais

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Por Redação
Atualização:

Por Fausto Macedo, Ricardo Brandt e Julia Affonso

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O Credit Suisse, banco suíço de investimento, informou ao juiz federal Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, que bloqueou as contas dos executivos Gerson de Mello Almada, vice-presidente da Engevix, e do João Ricardo Auler, presidente do Conselho de Administração da Camargo Corrêa. Os dois são acusados de fazerem parte do cartel de empreiteiras alvo da Lava Jato, que investiga corrupção e propina na Petrobrás.

Este é mais um bloqueio comunicado por instituição financeira à Justiça Federal. Até a última quinta-feira, 29, a malha fina do Banco Central já havia localizado e bloqueado R$ 200 milhões.

"Conforme determinado por V. Exa., efetuamos bloqueio das contas existentes em nome dos Requeridos, Gerson de Mello Almada e João Ricardo Auler na Credit Suisse (Brasil), Corretora de Títulos Valores Mobiliários S.A ("CS") na Credit Suisse Hedging-Griffo Corretora de Valores AfCSHG")", diz o diretor do banco, no Brasil, Odilon de Pinho Neto, em documento incluído nos autos da Lava Jato, datado de 27 de janeiro de 2015.

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Gerson de Mello Almada. Foto: Reprodução

Segundo a Credit Suisse, Almada tem duas contas de investimento, uma com R$ 1,025.439,64 e outra sem saldo. Auler possui duas contas sem saldo e outras com R$ 6.310,34 e R$352,42. O diretor solicitou ao juiz os dados bancários da conta judicial para a transferência dos valores.

O banco havia sido citado na delação premiada do executivo Julio Gerin de Almeida Camargo - do grupo Toyo Setal. Ele apontou contas na Suíça, Nova York e no Uruguai por onde movimentou pelo menos US$ 74 milhões entre 2005 e 2012 e os contratos que serviram para movimentar o dinheiro de caixa-2 do PT, PMDB e PP.

João Ricardo Auler. Foto: Reprodução

Na Suíça, o delator apontou contas que abriu no Credit Suisse em 2005. Uma delas, de nome "Pelego", foi usada para pagar as propinas. Camargo apontou pelo menos seis contas no banco, mas só a Pelego foi usada para caixa 2, segundo ele.

"Os recursos remetidos para a conta no Credit Suisse eram decorrentes de contratos de consultoria firmado por intermédio das empresas Auguri, Treviso e Piemote com consórcios e outras empresas contratos pela Petrobrás."

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