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CPI da Petrobrás pede a juiz da Lava Jato que autorize depoimento de Duque

Em petição ao juiz Sérgio Moro, secretário-executivo da comissão solicita custódia e remoção do ex-diretor de Serviços da Petrobrás para Brasília

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Por Redação
Atualização:

Por Julia Affonso, Ricardo Brandt e Andreza Matais

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O secretário-executivo da CPI da Petrobrás, Manoel Alvim, pediu nesta segunda-feira, 16, ao juiz Sérgio Moro, que conduz todas as ações da Operação Lava Jato, para que sejam determinados a custódia e o translado do ex-diretor de Serviços da Petrobrás Renato Duque para Brasília. Duque foi preso pela Polícia Federal no Rio e transferido para Curitiba (PR), base das investigações da Operação.

Duque foi preso nesta segunda-feira, no Rio. Foto: Fábio Motta/Estadão

A Comissão foi criada na Câmara dos Deputados para investigar o esquema de corrupção envolvendo a estatal, desbaratado pela força-tarefa da Lava Jato. No início do mês, a CPI havia decidido ouvir Renato Duque. Ele foi convocado para prestar depoimento em audiência marcada para quinta-feira, 19, a partir das 9h30.

No ofício ao juiz da Lava Jato, o secretário da CPI da Petrobrás argumentou. "Solicitamos a necessária interveniência de V.Exa. para que o preso possa ser notificado da decisão da CPI, assim como para que seja determinada, com a brevidade necessária, a sua custódia temporária e traslado para Brasília, a cargo da Polícia Federal, garantindo-se assim que o preso seja inquirido nos termos da lei, no dia e hora aprazados, alternativamente nas dependências da Superintendência Regional da Polícia Federal em Brasília ou nas dependências do Ministério Público", pediu Alvim.

Segundo investigadores da Lava Jato, Duque é o elo do PT com o esquema de desvio de dinheiro na Petrobrás. O protagonismo de Duque foi reafirmado na última terça-feira (10) pelo o ex-gerente executivo da Diretoria de Serviços da Petrobrás Pedro Barusco em depoimento à CPI.

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O ex-diretor Renato Duque foi preso pela segunda vez nesta segunda feira, 16. Na primeira vez, em novembro do ano passado, ele questionou a seu advogado, por telefone: "Que País é esse?". A frase batizou a décima fase da Operação, deflagrada hoje.

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