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Covid-19 volta a assombrar zona do euro 

Por José Pena
Atualização:
José Pena. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

A variação do PIB de EUA e Europa no segundo trimestre confirmou as expectativas de que este foi o pior período da economia global desde a Segunda Guerra Mundial. As quedas alcançaram 9,5% e 12,1%, respectivamente, em relação ao 1T20, feitos os devidos ajustes sazonais. Um destaque particularmente negativo foi o desempenho do PIB espanhol, que mostrou uma contração de 18,5% no período! Embora a partir de meados de maio a Europa tenha conseguido reduzir bastante o registro de novos casos e de mortes gerados pela Covid-19, nos últimos dias tem sido observada uma preocupante elevação desses números, em particular na Espanha e na França. Os números ainda estão distantes dos níveis registrados entre março e abril, mas os riscos de retrocesso na retomada econômica europeia voltam a surgir no radar dos mercados.

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De resto, a semana no exterior foi marcada por mais uma reunião do Federal Reserve, o BC dos EUA, que renovou seu compromisso de prover os estímulos necessários pelo tempo que for preciso para estimular a recuperação da atividade econômica (os mercados financeiros globais, penhorados,agradecem).

Numa semana de baixa atividade política e agenda econômica fraca, o destaque ficou com alguns dos pontos que devem integrar a proposta mais abrangente de Reforma Tributária a ser encaminhada pelo Ministério da Economia ao Congresso Nacional nas próximas semanas, incluindo um tributo que remete à antiga CPMF. As reações negativas a esse ponto em particular foram abundantes, mas é provável que o que foi aventado até agora tenha como objetivo testar as reações do Congresso em particular e da sociedade como um todo, para que se possa finalizar um conjunto com maiores chances de aprovação pelo Legislativo.

Nesta primeira semana de agosto, os destaques da agenda econômica no exterior são a nova rodada dos PMIs (julho) da indústria e do setor de serviços, que devem mostrar um novo avanço da atividade global, embora num ritmo ligeiramente menor que o do mês anterior. Também serão divulgados os números do mercado de trabalho norte- americano e, aqui também, a expectativa é de continuidade do processo de recuperação, mas numa velocidade igualmente menor que a observada em junho.

No Brasil, a produção industrial de junho (3ª-feira) e o IPCA de julho (6ª-feira) são destaques, mas as atenções estarão especialmente concentradas na reunião do Copom (4ª-feira), que deve anunciar uma última redução da Selic, levando-a dos atuais 2,25% para 2,0%, patamar que deverá ser mantido por um período bastante prolongado.

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*José Pena é economista-chefe da Porto Seguro Investimentos

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