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Corregedor do Ministério Público abre investigação sobre Deltan e Pozzobon

Medida atende pedido do PT com base em mensagens que indicariam 'um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante investigações da Lava Jato'

Por Amanda Pupo/BRASÍLIA
Atualização:

Deltan Dallagnol. Foto: UESLEI MARCELINO/REUTERS

O Corregedor Nacional do Ministério Público (CNMP), Orlando Rochadel Moreira, instaurou nesta terça-feira, 16, uma reclamação disciplinar contra os procuradores da Operação Lava Jato Deltan Dellagnol e Roberson Pozzobon, em função de supostas mensagens trocadas entre eles e divulgadas pelo site The Intercept e pelo jornal Folha de S. Paulo. Os dois terão prazo de 10 dias para se manifestarem sobre o caso.

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A determinação foi dada em resposta a um pedido feito pelo PT, com base em notícia divulgada no domingo, 14, segundo a qual Deltan teria montado um plano de negócios de eventos e palestras para lucrar com a fama e contatos obtidos durante as investigações da Lava Jato.

Procurador da República Roberson Henrique Pozzobon. Foto: Sylvio Sirangelo/TRF4

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Sobre a postura de Deltan, o PT afirma que houve desvio de função de servidores 'para a prática de atividades pessoais de palestrante, desvinculadas, portanto, das finalidades dos cargos ocupados', e também 'obtenção de vantagens adicionais aos vencimentos do cargo não previstas em lei'.

Sobre Pozzobon, a alegação do partido é de que o procurador teria faltado com o "decoro pessoal, zelo e probidade, e de ilibada conduta particular, na medida em que, ao ser alertado sobre a possibilidade de investigação das atividades comerciais dos reclamados teria externado, em tom jocoso, a expressão 'que veeeenham'.", afirma o PT.

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Na decisão, o corregedor afirma que, pelo contexto indicado, observa-se 'eventual desvio na conduta' de membros do Ministério Público, o que, em tese, 'pode caracterizar falta funcional'.

"Com efeito, neste momento inicial, é necessária análise preliminar do conteúdo veiculado pela imprensa, notadamente pelo volume de informações constantes dos veículos de comunicação", afirmou.

COM A PALAVRA, A FORÇA-TAREFA

A reportagem procurou a assessoria da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, mas não obteve resposta até a publicação deste texto.

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