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Corregedor adia discussão de processo de Deltan

Membros do Conselho analisariam nesta terça, 13, dois casos envolvendo a atuação do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol

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Foto do author Andreza Matais
Por Andreza Matais , Rafael Moraes Moura e BRASÍLIA
Atualização:

O coordenador da força-tarefa da Lava Jato Paraná, Deltan Dallgnol. Foto: Felipe Rau / Estadão

O Conselho Nacional do Ministério Público decidiu adiar a análise de processo sobre a atuação do coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, Deltan Dallagnol. A ação, movida pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL), se refere a críticas disparadas pelo procurador ao longo da campanha eleitoral do ano passado. A decisão de tirar o tema da pauta partiu do corregedor Orlando Rochadel Moreira e irritou conselheiros, que devem se posicionar na reunião desta terça, 13.

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O 'Estado' apurou que se o caso fosse a julgamento, havia uma expectativa de punição de Deltan Dallagnol, mas não de afastamento.

Além do processo que foi adiado, outro caso envolvendo o procurador da República estava entre os 146 itens previstos na pauta do Conselho para a reunião de hoje - um recurso apresentado pelo coordenador da força-tarefa da Lava Jato no Paraná contra a abertura de um processo administrativo disciplinar.

Em uma votação relâmpago, o CNMP negou provimento aos embargos de declaração apresentados por Deltan e dessa maneira, o processo seguirá tramitando normalmente no órgão.

O episódio diz respeito às declarações de Deltan à rádio CBN, em que ele sugeriu que o Supremo Tribunal Federal (STF) passa a imagem de leniência a favor da corrupção.

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O procurador sofreu ainda outro revés. Na sessão desta manhã, o órgão decidiu desarquivar uma reclamação disciplinar contra os procuradores Deltan Dallagnol e Roberson Pozzobon, integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, em função de supostas mensagens trocadas entre eles e publicadas pelo site The Intercept Brasil e pelo jornal Folha de S.Paulo.

Recado

Em meio à publicação de mensagens atribuídas a integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, disse nesta terça-feira que apoia a atuação de membros do Ministério Público, mas observou que exige "atuação dentro dos marcos da legalidade".

O comentário da procuradora foi feito na abertura da sessão do CNMP. Integrantes do CNMP ouvidos reservadamente pela reportagem enxergaram na fala de Raquel Dodge um recado claro direcionado a Dallagnol e aos demais integrantes da força-tarefa da Lava Jato em Curitiba.

 

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