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Construindo pontes

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Por Jayme Neto
Atualização:
Jayme Neto. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

É notório que essas eleições que se aproximam trarão um compromisso com a verdade. Algo que, de fato, tem nos tirado um pouco o sono. Pelo menos, daqueles que se importam com a veracidade do que é feito e divulgado.

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Por exemplo: Ao tratar da verdade, como uma proposta e/ou discurso de campanha, teremos que combater uma série de notícias que vão de encontro, justamente a isso. Me refiro, nesse caso, às fakenews, que devem ser prontamente combatidas, se quisermos avançar como país.

Com um pensamento progressista, não posso deixar de lembrar da fala do governador e candidato à presidência da república, o saudoso Eduardo Campos:

"Não podemos desistir do Brasil."

E eu, entendendo o momento atual e o trazendo à realidade que quero ver no país, concordo em gênero, número e grau com essa afirmação. Penso que, para crescermos enquanto nação, nosso compromisso há de ser com aqueles que se propõem a fazer o mesmo.

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É pensar e voltar suas atividades para o desenvolvimento, propor ideias e executa-las em sua plenitude e exercer cada vez mais o diálogo, pois o que vemos hoje são pessoas que brigam entre si para ver quem tem razão sobre o que diz.

Em um mundo regido pelas redes sociais, onde todos são donos de suas opiniões, fica cada vez mais difícil dialogar com aqueles que discordamos, por tamanha soberba e veemência em falas que, muitas vezes, sequer possuem embasamento.

Então, o que proponho é, baseado em outra fala de Eduardo Campos, unir pessoas que estejam dispostas a construir pontes. Edificar o Brasil, ergue-lo a partir de sua relevância como um país continental, que nos gera inúmeras possibilidades, sob diversas óticas.

A proposição de ideias e flexibilização no diálogo era algo que Campos sabia fazer bem. Articulado, ele nos trazia a ideia de que era possível unir para crescer.

Seria utópico despolarizar o país, que hoje está rachado entre esquerda e direita? Precisamos mesmo escolher lados, sem que haja disposição para resolver as questões que nos cercam?

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Eu, enquanto pai, publicitário, empresário e brasileiro, quero crer que faremos o que estiver ao nosso alcance para retomar nossa confiança, nossa alegria de viver, deixando de lado as diferenças que nos são intrínsecas. Esses são valores que quero apresentar à minha filha, assim que pudermos conversar sobre isso.

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Afinal, educação é um pilar fundamental na construção de qualquer base sólida. E eu, enquanto alguém que valoriza a educação como elemento transformador, penso que devemos estar em consonância com os principais exemplos que vemos por aí, dando oportunidade e espaço para todos, sem fazer distinção de classe e/ou qualquer outra discriminação.

Penso, por exemplo, que nas capitais do Brasil, o trabalho feito para lapidar talentos - nas mais diversas áreas - ainda pode ser melhorado.

Hubs, centros de apoio e pesquisa, fomento ao emprego e a digitalização de processos, com o aumento de aplicativos e soluções digitais, dentre outros.

O que devemos nos atentar, ao falar sobre isso, é quanto à sua regularização, pois recentemente vimos uma repercussão grande em torno de motoboys que estão em busca de melhores condições de trabalho, por conta do aumento da demanda em período de pandemia, sem que houvesse um repasse justo por trechos percorridos.

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Voltando a citar o saudoso Eduardo Campos, pois é impossível não lembrar dele e do que ele pregou, ainda mais diante de tudo que estamos presenciando, comungo da sua ideia de que "precisamos de pessoas que constroem pontes, e não, muros. Os muros segregam."

*Jayme Neto, publicitário e empresário

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