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Como a vitória de Biden deve impactar o movimento migratório de brasileiros querendo empreender ou trabalhar no exterior

Por Jorge Botrel
Atualização:
Jorge Botrel. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

No último sábado (7) foi anunciada a vitória de Joe Biden contra Donald Trump na disputa pela presidência dos Estados Unidos. Joe Biden é advogado, filiado ao Partido Democrata Americano e foi Vice-Presidente dos Estados Unidos entre 2009 e 2017, durante a presidência de Barack Obama.

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O mandato de 4 anos de Biden, previsto para iniciar em 20 de Janeiro de 2021, promete trazer mudanças significativas nos processos imigratórios do país, revertendo diversas políticas criadas por Trump, que causaram uma queda de 13% na emissão de green cards e queda de 65% na aceitação de refugiados. Em seu plano de governo, o novo eleito menciona que buscará vigorosamente por políticas imigratórias que protejam a segurança dos americanos, mas que ainda sejam humanitárias e flexíveis.

Nos primeiros 100 dias, Biden promete reverter as políticas que separam pais de suas crianças nas fronteiras, diminuir as restrições às pessoas que buscam asilo e reverter a "Public Charge Rule", que impede a obtenção de vistos e green cards por aplicantes que tenham utilizado benefícios do governo, como o Medicaid ou ajudas com alimentação, por exemplo, além de encerrar atividades de má gestão e desumanização nas fronteiras, que geram violência e caos.

Durante o restante de seu mandato, o eleito pretende também criar políticas que permitam que cidades e condados tenham regras específicas para autorizarem vistos temporários de trabalho conforme a demanda da economia local e voltar a priorizar a imigração de "high-skilled workers" (trabalhadores altamente qualificados). Biden incluiu também em seu plano de governo o fim da construção do polêmico muro na fronteira com o México.

No entanto, é importante mencionar que a implementação dessas medidas depende da definição da maioria do Senado, que continua pendente.

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*Jorge Botrel, sócio da JBJ Partners

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