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Código de Autorregulação para mercado de criptoativos chega para aumentar segurança e sanar lacuna regulatória

Por Safiri Felix
Atualização:
Safiri Felix. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

O mercado de criptoativos tem passado por constantes transformações e ganhado cada vez relevância como alternativa de diversificação para investidores no mundo todo. Como todo ecossistema, ele depende de regras de funcionamento para que possa crescer de forma sustentável.

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No Brasil, a expectativa é de que o mercado de ativos digitais movimente mais de 100 bilhões de reais em 2020, tornando o setor um dos poucos beneficiados pelo contexto econômico provocado pela pandemia.

Com a busca crescente por novas opções de investimento e a lacuna regulatória em relação a essa nova classe de ativos, os principais agentes do mercado lançaram, em agosto, o Código de Autorregulação. Elaborado pela Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto), ele endereça as principais preocupações levantadas pelas autoridades reguladoras.

Essa iniciativa reforça a capacidade de auto-organização do setor e colabora de forma relevante para o debate sobre os quatro projetos de lei atualmente em tramitação no Congresso Nacional.

O Código de Autorregulação é um documento público e estabelece padrões operacionais para empresas que atuam com intermediação, custódia e corretagem de criptoativos, contribuindo para organizar o mercado, aumentar a confiabilidade dos agentes e reduzir as assimetrias nas informações disponíveis para os usuários.

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Fruto do estudo das melhores e mais modernas práticas e soluções globais, o código foi construído ao longo de um ano e meio, período em que a ABCripto manteve proximidade com o Banco Central (BC), a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), o Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e o meio acadêmico.

Como resultado, o material estabelece um canal de denúncias e diretrizes contra práticas ilegais que possam envolver o uso de criptoativos. Além disso, a ABCripto lançou um manual de boas práticas em prevenção à lavagem de dinheiro e ao financiamento do terrorismo, adequada às melhores práticas internacionais do Grupo de Ação Financeira contra a Lavagem de Dinheiro e o Financiamento do Terrorismo (GAFI/FATF).

O Código de Autorregulação denota a maturidade do setor e reafirma a preocupação da ABCripto em preparar os participantes para as próximas etapas deste mercado que está sempre em evolução. Além disso, a entidade segue seu dever diligente de monitorar o mercado na busca constante pelo aprimoramento do ambiente de negócios, separando as empresas sérias e idôneas de participantes mal intencionados que se utilizam da imagem do bitcoin para promover pirâmides financeiras.

Esse é um trabalho contínuo, que não cessa, mas é vital para mitigar os danos de uma minoria mal intencionada, que tira proveito da desinformação do público para atentar contra as reservas financeiras de milhares de brasileiros.

O objetivo do Código de Autorregulação da ABCripto é conquistar cada vez mais confiança e credibilidade para o setor, consolidando as melhores práticas operacionais e contribuindo para o crescimento do mercado de criptoativos, que ganha cada vez mais importância como ferramenta de diversificação e construção patrimonial.

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*Safiri Felix, diretor executivo da Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto)

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