Ex-secretário de obras do Rio, Hudson Braga veio a público negar as informações citadas no acordo de colaboração do ex-governador Sérgio Cabral, preso na Operação Lava Jato, de que teria operado repasses ilegais ao ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), em troca da venda de decisões judiciais favoráveis ao prefeito de Volta Redonda, Antônio Francisco Neto (MDB).
As informações da delação sigilosa vieram a público na última terça-feira, 11, depois que a Polícia Federal pediu a abertura de uma investigação contra o magistrado. Como mostrou o repórter Rafael Moraes Moura, a tendência é que a Procuradoria Geral da República (PGR) embargue a abertura de um inquérito. Toffoli afirma que jamais recebeu dinheiro ilegal.
Em nota, através do advogado Roberto Pagliuso, o ex-secretário diz que jamais chegou ao seu conhecimento o oferecimento de qualquer vantagem ao ministro. "Sérgio Cabral tenta se safar de suas responsabilidades, alterando suas estratégias. Ora negou os fatos, ora adotou manobras processuais e depois de ver a consolidação de suas penas, resolveu, por desespero, criar fatos para viabilizar sua colaboração premiada. Nunca teve qualquer apreço pela verdade, nunca produziu qualquer prova de suas alegações mentirosas", diz a manifestação.
Neto também criticou o delator. Por meio de nota, afirmou que 'não comentará mais acusações sem provas, feitas com motivações ainda desconhecidas'.