Cinco partidos apresentaram ação contra o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB) para suspender decreto que prevê a reabertura total do comércio na região até o final deste mês. Segundo as legendas, o emedebista assinou ato 'sem qualquer fundamento' e que contradiz decreto que prevê estado de calamidade pública no final de junho.
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A AÇÃO CONTRA IBANEIS"Apesar de afirmar que decretação do estado de calamidade visa cumprir requisito formal para recebimento de recurso do Governo Federal, a verdade é que o Governador Ibaneis Rocha sabe que o DF ainda não chegou ao pico de contágio da covid-19", afirmaram os partidos.
São autores da ação: a Rede Sustentabilidade, o PDT, o PSOL, o PSB e o UP, sigla de Unidade Popular - partido registrado em dezembro do ano passado.
As legendas afirmam ainda que o governador baixou o decreto de reabertura sem informar à população se há equipamentos, leitos, insumos e recursos humanos suficientes para atendimento de pacientes com covid-19. A divulgação das informações foi exigida pela juíza Raquel Soares Chiarelli, da 21ª Vara do Distrito Federal, na semana passada em outra ação judicial contra o governador.
O governo distrital autorizou a abertura nesta semana de salões de beleza, esmalterias, barbearias, centros estéticos e academias de esporte. As escolas, universidades e faculdades da rede privada podem retomar as atividades presenciais em 27 de julho e as da rede pública, em 3 de agosto. Bares e restaurantes poderão receber a clientela a partir do dia 15 deste mês. Todos os estabelecimentos deverão seguir protocolos de segurança recomendados pelas autoridades sanitárias para evitar o contágio do novo coronavírus.
Em entrevista ao Estadão, Ibaneis afirmou que "restrições" já não servem para nada, pois se esgotou o "limite" da população. "(O coronavírus) Vai ser tratado como gripe, como isso deveria ter sido tratado desde o início", disse.
COM A PALAVRA, O GOVERNADOR IBANEIS ROCHAA reportagem entrou em contato, por e-mail, com o governo do Distrito Federal e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações (paulo.netto@estadao.com)