A maternidade, em algum momento da vida toma conta do imaginário feminino.
Da brincadeira de boneca na infância ao temido relógio biológico, vários filhos podem passar pela fantasia de uma mulher. E várias maternidades também.
E quando surge o filho? Aí começa a aventura!
Corpo que muda, humor que se altera, planos que vão para gaveta e outros que saem dela.
A surpresa do sexo do bebê, respiração acelerada a cada ultrassom e o filho vai ganhando uma forma. No processo de adoção, as emoções também estão presentes!
Quando chega o bebê, só uma certeza, nada será como antes!
Na chegada do filho a primeira surpresa, surge alguém diferente de qualquer fantasia (ainda que seja exatamente o que se imaginou!)! Surge o cansaço, as preocupações e o profundo desejo de ter 5 minutos de silêncio sem precisar pensar, organizar ou fazer nada. Isso não tem nada a ver com amor! Quem ama também precisa de tempo!
Depois? Vem a escola, tarefas, brincadeiras e uma demanda louca.
Vem também a estranha sensação de que o tempo passa muito rápido.
É nesse momento que muitas mulheres começam a retomar vida profissional, a ginástica parada e abrir a gaveta dos velhos planos.
E quando o parágrafo muda, chega a adolescência, com toda sua intensidade e todos os seus silêncios. A preocupação com o futuro, escolha profissional, drogas, DSTs e esse mundo louco! Será que a velhice está chegando ou naquele tempo tudo era mais calmo, respeitoso e melhor?
E quando eles batem as asas, aquele vazio, coração apertado e orgulhoso: voou! No início a estranheza do silêncio, do vídeo game desligado e de uma bagunça aqui e outra ali. Mas eles continuam filhos e elas mães.
E a partir daí o ninho se abre para os retornos, para as conversas as vezes muito mais rápidas do que deveriam ser. Seria tão bom mais 5 minutinhos. As mães seguem com suas vidas em novos momentos, mulheres e quem sabe: Avós!
*Simone Januário, psicóloga