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Chegamos à era dos superapps

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Por Paulo Marcelo
Atualização:
Paulo Marcelo. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Você já ouviu falar dos super apps? Se ainda não, é uma questão de tempo. Embora a maioria das pessoas ainda não tenha ouvido falar deles, eles já são uma tendência global que, em muito pouco tempo, estarão aí na tela do seu smartphone.

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A ideia por trás dos chamados superapps é bastante simples. Do mesmo modo que os aplicativos das mais diversas origens tornaram nossas vidas mais fáceis - hoje pedimos comida, compras, vinhos, livros etc., tudo pelo celular -, a tendência é que vários deles se concentrem, centralizando serviços de compras, pagamentos e entregas em apenas um local. Na prática, os superapps vão nos ajudar a encontrar e usufruir de diferentes serviços na mesma plataforma.

Seu surgimento vai trazer mais comodidade e conveniência aos usuários que, embora não saibam, já querem muito algo assim. Uma pesquisa realizada pelo Google Brasil em 2019 apontava que 81% dos respondentes não sabiam o que eram os superapps mas, ao serem apresentados ao conceito, 45,8% mostraram interesse em utiliza-los e 20,3% disseram que o fariam imediatamente.

O atrativo é mais do que válido quando pensamos na quantidade de espaço de armazenamento, no processamento e no tempo gasto abrindo, cadastrando, autenticando e navegando em dezenas de aplicativos diferentes todos os dias. Fazer tudo isso em apenas um aplicativo é um tremendo atrativo e já é possível em diversos deles.

O que vemos hoje no mercado é uma corrida pela conquista nos corações dos usuários. Há vários potenciais superapps operando e alguns começam a se destacar. Um deles é a plataforma Chronus, criada pela Mooh Tech, empresa atualmente instalada no inovabra habitat, espaço de coinovação do Bradesco, e que surgiu em 2016 com o objetivo de utilizar a tecnologia para criar um mundo melhor de se viver.

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Foi assim que eles criaram a plataforma SempreAlerta, destinada ao controle de crimes em geral, mas especialmente aqueles relacionados a feminicídio e racismo; e o TorcedorAlerta, por meio do qual torcedores podem denunciar atividades suspeitas relacionadas a brigas entre torcidas. Os aplicativos ganharam terreno e hoje são utilizados em cidades no Japão, França, Espanha, Portugal, Uganda e Brasil, entre outras.

O algoritmo de segurança por trás desses aplicativos foi patenteado pela Mooh Tech, dando origem à plataforma Chronus. É com esta plataforma que, desde o final do ano passado, a Mooh Tech tem atuado sob o conceito de superapp, apostando no Chronus como plataforma para a integração de diferentes aplicativos multitarefas destinados a transformar a forma como as pessoas realizam inúmeras tarefas rotineiras.

Um desses aplicativos é o i-Passport, desenvolvido para a profilaxia e o controle de vacinação e que surgiu em março de 2020 para controlar a vacinação contra a Febre Amarela. Com o agravamento da pandemia de Covid-19, no entanto, precisou ter o seu foco alterado e o desenvolvimento acelerado para atender as necessidades de profilaxia da nova doença.

A Mooh Tech doou o sistema aos órgãos públicos, que disponibilizam as informações de vacinação para que sejam carregadas no banco de dados da solução. Do lado do usuário, o aplicativo está disponível para download em aparelhos rodando iOS ou Android.

Desta forma, organizadores de eventos, comitês esportivos e empresas, por exemplo, podem utilizar a solução para gerenciar a vacinação de colaboradores, bem como para controlar o acesso de pessoas a locais públicos. O aplicativo cria um QR code para cada usuário, a partir do qual é possível verificar o status de sua vacinação.

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Este é apenas um exemplo. O certo é que teremos mais e mais superapps disponíveis no mercado em pouco tempo. É bom estarmos prontos para mais esta evolução.

*Paulo Marcelo é CEO da Solutis

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