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Chefe da Secom de Bolsonaro, sob suspeita de financiar sites ideológicos, investe contra operação que mira apoiadores do presidente

Ação, deflagrada no âmbito do 'inquérito das fake news' do STF, apreendeu celulares e computadores de militantes bolsonaristas

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Por Rayssa Motta
Atualização:

O secretário de Comunicação da Presidência, Fabio Wajngarten, criticou a operação da Polícia Federal que apreendeu, nesta quarta-feira, 23, celulares e computadores de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro. A ação foi deflagrada no âmbito do inquérito que corre no Supremo Tribunal Federal (STF), sob relatoria do ministro Alexandre de Moraes, para apurar ameaças, ofensas e notícias falsas sobre os integrantes da Corte e seus familiares.

"Alguns jornalistas e apoiadores tiveram seus equipamentos de trabalho apreendidos por decisão judicial e não poderão mais veicular, com liberdade de expressão, suas opiniões. Enquanto isso, alguns veículos continuam produzindo fakenews diariamente sem serem perturbados", escreveu o chefe de comunicação do governo federal.

Fabio Wajngarten, chefe da Secom, e o presidente Jair Bolsonaro durante cerimônia no Palácio do Alvorada. Foto: Ueslei Marcelino / Reuters

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Ontem o Ministério Público Federal determinou a abertura de inquérito para investigar o secretário por suspeita de direcionamento de verbas do governo para sites ideológicos. O ato atende representação da Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), que acusou o chefe da Secom de improbidade administrativa e promover censura a veículos críticos do Planalto.

A representação contra a Secom afirmou que o direcionamento promove 'distribuição arbitrária e discriminatória da publicidade oficial' e que isso teria 'impacto na liberdade de expressão e de imprensa de uma forma geral, pela potencialidade de inibição de reportagens investigativas e críticas sobre a atual administração, o que significa censura, ainda que por outros métodos'.

 

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