Redação
15 de janeiro de 2015 | 14h36
Por Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba
O ex-diretor de Internacional Nestor Cerveró negou, nesta quinta-feira, 15, em depoimento à Polícia Federal ter feito operação ilegal ao pedir o resgate de R$ 463 mil de uma aplicação financeira, a fim de transferi-la para a filha, um dia antes de a Justiça Federal aceitar denúncia contra ele por corrupção e lavagem de dinheiro.
“Ele negou veementemente”, disse o advogado Beno Brandão, que defende Cerveró e acompanhou o depoimento. O ex-diretor da Petrobrás prestou depoimento por mais de três horas na Sede da Polícia Federal, em Curitiba (PR).
Cerveró foi preso na madrugada de terça-feira ao desembarcar no aeroporto no Rio de Janeiro. O depoimento começou por volta das 9h.
O ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró chega ao IML de Curitiba, na quarta-feira, 14. Foto: Vagner Rosário/Futura Press
Ele foi questionado por delegados da Lava Jato sobre suas movimentações financeiras comunicadas à polícia pelo Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf). Cerveró também foi perguntado sobre a transferência de imóveis feitas no ano passado para familiares e os valores declarados.
A defesa do ex-diretor disse que um novo depoimento será marcado nos próximos dias, quando ele deve falar sobre a compra pela Petrobrás da refinaria de Pasadena, no Texas. O Tribunal de Contas da União (TCU) aponta prejuízo no negócio autorizado pelo Conselho de Administração da estatal. Em resposta ao Estado, a presidente Dilma Rousseff, que integrava o conselho, disse que apoiou a compra da refinaria por ter recebido um parecer “técnica e juridicamente” falho produzido pela área que Nestor Cerveró comandava à época.
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