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Cenário positivo para o seguro rural em 2021 e 2022

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Por Rafael Marani
Atualização:
 Foto: EPITACIO PESSOA/ESTADÃO

Dados favoráveis não faltam para descrever o atual contexto do seguro Rural no país, em especial, pelo fato de estar atrelado a um setor sólido e eficiente: o agronegócio, que, na contramão das demais áreas da economia brasileira, registrou crescimento recorde de 24,3% em 2020, segundo a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

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Para manter esse setor financeiramente estável e longe dos riscos inerentes ao negócio, o seguro Rural vem despontando como uma ferramenta indispensável no campo. Tanto que, como reflexo de sua importância, dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep) mostraram um crescimento nesse ramo em torno de 40%, em 2020.

Outro dado positivo, que também ampara esse volume, é o aumento dos recursos para subvenção ao prêmio do seguro Rural pelo Governo Federal. As informações do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apontam que a aplicação do subsídio para 2021/2022 será de R$ 1 bilhão. Com esse montante, segundo a pasta, será possível contratar aproximadamente 158.500 apólices, proteger 10,7 milhões de hectares e um valor total segurado de R$ 55,4 bilhões.

Os fatores e dados recordes são animadores para o segmento e reforça o volume de oportunidades que o mercado oferece, propagando cada vez mais a cultura do seguro Rural. A maior oferta de subvenção federal, o contínuo desenvolvimento dos canais de distribuição, o investimento de seguradoras em novas tecnologias e serviços, a maior percepção de risco climático por parte dos produtores e a elevação dos custos de produção/valor da saca favorecem a contratação do seguro como ferramenta de mitigação de risco.

Ainda é importante ressaltar que, mesmo diante de bons números, a área potencial de aplicação do seguro Rural é ampla e ainda há muito espaço para se conquistar. Em São Paulo, as áreas seguradas em 2020 cresceram cerca de 58%, em relação a 2019. Segundo dados do Atlas do Seguro Rural, do Mapa, o estado atingiu próximo de 1,3 milhão de hectares protegidos. Porém, somente a área de plantio da soja, ainda que seja o grão mais cultivado no estado, atingiu 1,16 milhão de hectares e o milho, em segundo lugar, outros 834 mil hectares, de acordo com estudo do último mês de abril, da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, por meio do Instituto de Economia Agrícola (IEA) e da Coordenadoria de Desenvolvimento Rural Sustentável (CDRS/CATI). Vale destacar que o estado de São Paulo possui subvenção estadual, subsídio que pode atuar em conjunto a subvenção federal, beneficiando os produtos e estimulando a contratação do seguro como mecanismo de mitigação de risco climático. Certamente a existência de ambos os programas de subsídio já estimula o aumento das áreas seguradas no estado, apesar de ainda haver um bom espaço para crescimento.

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É fundamental que o seguro Rural seja, cada vez mais, entendido pelo produtor como um insumo, um investimento e uma ferramenta essencial para que possa se garantir no mercado, por meio da proteção de sua propriedade, lavoura e seus equipamentos. Por isso, é importante ressaltar que, dentro do seguro Rural, há várias possibilidades de contratação que vão além do Cultivo, como seguros de Propriedades, que agrega casas, depósitos e granjas; Equipamentos Rurais, tais como tratores e colheitadeiras; além dos seguros de Vida e de Acidentes Pessoais dos Trabalhadores Rurais.

Portanto, quando o produtor adquire um seguro Rural, ele é imerso em um ecossistema de proteção, fazendo com que se mantenha ativo na cadeia produtiva do agronegócio.  Cadeia essa que é imensa e oferece oportunidades, ferramentas e situações favoráveis para alavancar ainda mais o segmento de seguro e contribuir para um ciclo virtuoso na economia brasileira.

*Rafael Marani, superintendente de Agronegócios da Allianz Seguros

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