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Cenário no mercado de eventos exige criatividade e proatividade

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Por Marcelo Urdan Moreira
Atualização:
Marcelo Urdan Moreira. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

Qualquer previsão neste momento é mera especulação. Quando retomaremos ao normal? A economia vai suportar? As pessoas resistirão até lá? Outra crise poderá surgir? A segunda onda vem? Descobriram a cura? Poderemos todos voltar a produzir? Enfim, são muitas as variáveis e infelizmente ainda não existe uma resposta exata, até porque seja qual for o caminho validado, as consequências não são conhecidas com exatidão. Então o que podemos fazer?

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É fundamental manter a mente sã, ter a certeza que essa situação vai passar e avaliar com atenção o que não faz mais sentido e o que se pode e deve fazer. Muitas "lives" e diversas práticas estão aí para nos ajudar nisso. E o mercado de eventos? Acabou? Claro que não!

As mensagens de pessoas e empresas continuam sendo transmitidas. Estamos descobrindo uma nova forma de comunicar. E no mercado de eventos não é diferente.

O mercado, inteiramente parado neste momento, se reinventa com eventos online, uma tendência, e devem ocupar um espaço maior na opção de quem quer transmitir algo ao seu público, seja corporativo, social ou de massa. A questão é que 60% da população têm mais de 30 anos e está acostumada ao contato presencial. Além disso, nós, brasileiros, um povo conhecido por ser caloroso, exercitamos e valorizamos o convívio.

Conseguiremos realmente sobreviver sem o olho no olho?

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Eventos sempre foram a forma mais eficaz de transmitir uma mensagem clara e objetiva. Seja um casamento que registra o amor entre duas pessoas e a aprovação familiar e de amigos, seja um evento empresarial que traz uma novidade que precisa ser exposta para ganhar valor e credibilidade para conquistar o mercado ou uma reunião de vendas, um curso, uma palestra, um aniversário, enfim, ou qualquer forma de se comunicar algo que motive ou incentive alguém em torno de um propósito.

Um evento traz sempre um processo evolutivo e de comunicação. O evento, em essência, reúne todos em torno de algo maior. Um evento leva emoção, criatividade e deixa sua marca e mensagem. A presença neste momento é condição para a busca de um resultado diferente e positivo.

É certo que grande parte dos encontros poderão e deverão se tornar virtuais. O custo envolvido, a facilidade geográfica, a rapidez na transmissão da mensagem, a objetividade negocial das empresas e o aprendizado visto neste período de confinamento trazem uma realidade ainda pouco observada por agências, empresas, fornecedores, pessoas e todos os stekeholders envolvidos no processo.

Precisamos observar com atenção o movimento do mercado e entender que novas formas terão vida garantida daqui para a frente.

Na minha visão, eventos online serão uma parte da realidade, mas não a totalidade e neste caso Nelson Rodrigues continua atual: "toda unanimidade é burra".

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Da mesma forma, e isso é certo, passaremos muito tempo necessitando e desejando o contato presencial. Teremos duas vertentes claras em eventos presenciais tão logo seja liberado o convívio social; por um lado, teremos pessoas com medo de se expor, o que é humano e tende a diminuir com o passar do tempo; paralelamente, teremos um acúmulo de agendas de eventos cancelados, casamentos, encontros empresariais, feiras, convenções, entre outros.

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Por isso, acredito que na média estes pontos trarão um crescimento gradual no retorno do mercado num primeiro momento, e uma certa euforia de agenda após um período de segurança da liberação. O mercado brasileiro de eventos representa 4% do PIB e mais de R$ 200 BI de faturamento anual e continuará sendo muito forte.

Empresas inclusive conectadas ao novo, terão que passar por reinvenções. Entender que muitas coisas vão mudar e se preparar para o próximo momento, é a condição para seguir. É preciso se colocar em sintonia com este momento: trazer soluções que evoluam a forma de pensar, tragam novas formas que facilitem o mercado, que traduzam o novo momento. Profissionais de eventos migrarão de área e a missão será a de colaborar com esta transformação. O novo pede passagem!

Sim, está difícil, mas podemos aproveitar este tempo que o mundo está nos dando para rever nosso modo de ver a vida e começar a caminhar com uma visão conceitual nova, em direção a um mundo melhor, produtivo e capaz de produzir riqueza além de capital.

E, depois que a pandemia da covid-19 passar, para onde vamos? Estaremos preparados? Com muita observação e resiliência, precisamos seguir na direção da construção do novo.

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*Marcelo Urdan Moreira é fundador da EVNT

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