Dani Verdugo*
08 de fevereiro de 2021 | 03h30
Dani Verdugo. Foto: Divulgação
Segundo o banco mundial, o Brasil teve redução de -4,5% no PIB em 2020, e deve ter crescimento de 3% em 2021. Este indicador por si só, já nos coloca no mínimo em saldo positivo se comparado ao atípico e quase interminável 2020.
Embora os juros devam seguir em baixa e a inflação contida, o desemprego deve sofrer alta. E equilibrar as contas públicas, será um dos maiores desafios para o atual governo.
Se por um lado temos o fim do Auxílio Emergencial reduzindo poder de compra e as incertezas no cenário político e fiscal gerando instabilidade, temos por outro lado a chegada das vacinas, e a continuidade de crescimento de setores que se mostraram blindados no período da pandemia.
Os especialistas têm sido muito cautelosos em relação às previsões nas mais diversas áreas, e sobretudo, ao falar do ano inteiro.
Mas independentemente de todo o dinamismo, ausência de precedentes e previsibilidade, o setor empresarial deve seguir apontando oportunidades durante o primeiro semestre, nos setores de: logística, bens de consumo, varejo essencial, e-commerce, tecnologia, agronegócio e saneamento. Nestes setores, as áreas que devem ter mais movimentações são: inovação, finanças, recursos humanos, sustentabilidade e tecnologia.
A depender dos acontecimentos no primeiro semestre do ano, especialmente de não haver uma segunda onda de COVID, não termos nenhuma grande ruptura no governo, e o programa de privatizações for acelerado, setores como o de infraestrutura poderão reagir.
E por fim, o mercado de capitais e o movimento de M&A’s devem continuar aquecidos tanto quanto, senão mais que em 2021 na busca por rentabilidade.
Não teremos um ano fácil, mas podemos dizer que a paralisia ficou para trás, aprendemos a lidar melhor com os impactos da pandemia, sua prevenção e tratamento. E neste cenário global, temos um planeta buscando a superação e retomada.
*Dani Verdugo, empresária e headhunter, atua com Executive Search na THE Consulting
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