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'Cartel é feito fora do governo', afirma Alckmin sobre denúncia contra ex-diretores da CPTM

Governador defendeu 'punição exemplar' a acusados de terem formado conluio em contrato da estatal do transporte público

Por Juliana Diógenes
Atualização:

Geraldo Alckmin. Foto: Nilton Fukuda/Estadão

O governador de São Paulo Geraldo Alckmin (PSDB) disse nesta segunda-feira, 13, que os carteis ocorrem 'fora do governo'. Ele comentou a denúncia da Procuradoria da República contra nove investigados por conluio em contrato da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), no ano de 2000. Entre os acusados perante a Justiça Federal estão dois ex-diretores da estatal dos transportes públicos.

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Alckmin defendeu 'punição exemplar' e destacou que os episódios envolvendo os ex-funcionários ocorreram há quase 15 anos.

O cartel metroferroviário operou entre os anos de 1998 e 2008 - governos do PSDB em São Paulo - segundo acordo de leniência da gigante alemão Siemens com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), órgão antitruste do govero federal.

Os ex-diretores da CPTM Ademir Venâncio de Araújo e João Roberto Zaniboni, seis executivos de multinacionais e um lobista foram denunciados pelo Ministério Público do Estado na sexta-feira, 10.

Eles são acusados de lavagem de dinheiro de propina de ao menos R$ 26,3 milhões referente ao contrato de fornecimento de sistema de transporte sobre trilhos da Linha 5 do Metrô de São Paulo, em 2000. A acusação criminal foi feita pelo procurador da República em São Paulo, Rodrigo De Grandis.

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"É bom destacar que cartel é feito fora do governo. Você tem setores de pouca concorrência que não têm tantas empresas. O governo abre licitações e as nossas licitações são inclusive internacionais. Tem empresa do mundo inteiro", disse.

O governador pediu punição aos agentes públicos e também aos envolvidos do setor privado. "A punição tem que ser exemplar. Somos totalmente favoráveis à investigação. Se tiver qualquer envolvimento de agente público, ele responderá por isso. E o setor privado também", disse Alckmin.

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