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Cármen manda União se abster de bloquear R$ 575 mi do Rio

Ministra presidente do Supremo ressaltou que as decisões anteriores do ministro relator do caso, Luiz Fux, produzem efeitos e são válidas até eventual modificação

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Por Redação
Atualização:

Cármen Lúcia. FOTO DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO  

A presidente do Supremo, Cármen Lúcia, determinou que a União se abstenha de executar as obrigações de contragarantias de empréstimos contraídos e não quitados pelo Estado do Rio - com garantia da União -, antes do ajuizamento da Ação Cível Originária (ACO) 2981, de relatoria do ministro Luiz Fux. Em sua decisão, a ministra também determina que a União providencie a restituição dos valores que tenham sido eventualmente bloqueados.

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As informações foram divulgadas no site do Supremo - Processo relacionado: ACO 2981

Em petição encaminhada ao STF nos autos da ação, o Estado do Rio informou que, a despeito de Fux ter esclarecido em 5 de março que a tutela antecipada que concedeu alcançava também a nova tratativa envolvendo a conta "B1 Banerj", foi surpreendido com a comunicação de que a União bloquearia e executaria o montante de R$ 574,8 milhões no último dia 6.

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Para o estado, 'houve descumprimento das decisões proferidas pelo ministro Luiz Fux, circunstância que gera danos evidentes, impossibilitando o pagamento de salários aos servidores e o repasse aos municípios'.

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Os argumentos foram acolhidos por Cármen, que atua no plantão do STF neste mês de julho.

Segundo a ministra, as decisões de Fux foram objeto de agravo da União, estando o recurso pendente de julgamento por órgão colegiado.

Dessa forma, ela ressaltou, as decisões do relator produzem efeitos e são válidas até eventual modificação. "A iminência comprovada objetivamente de realização do ato constritor apontado pelo Rio de Janeiro, a complexidade da matéria posta na presente ação e a notória gravidade da situação financeira e orçamentária experimentada pelo ente federado, evidenciando o perigo de dano ou risco ao resultado útil do processo pelo bloqueio narrado, recomendam o deferimento do pleito", afirmou a presidente do Supremo.

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COM A PALAVRA, A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO

A reportagem entrou em contato com a AGU. O espaço está aberto para manifestação.

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