Após polêmica dos últimos dias, a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), pautou para esta quinta-feira, 22, o habeas corpus impetrado pela defesa do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para evitar que ele seja preso. Ela comunicou a decisão logo no início da sessão desta quarta-feira. Justificou que na próxima semana, por causa do feriado da Páscoa, não seria possível.
+ Vou brigar até o fim para ser candidato, diz Lula+ 'Rompeu-se o impasse, espero julgamento justo', diz Sepúlveda
O Tribunal Regional Federal da 4ª Região marcou para a próxima segunda-feira o julgamento do recurso do ex-presidente, condenado a 12 anos e 1 mês de prisão.
+ Se decisão do Tribunal da Lava Jato for unânime, Lula pode ser preso imediatamente
Em seguida, o ministro Marco Aurélio Mello disse que não apresentaria uma questão de ordem sobre o assunto, já que a pauta estava definida, mas afirmou que é preciso "resolver o impasse" da questão na Supremo. Ele se referia à decisão que possibilita o cumprimento de pena após condenação em segunda instância.
+ Entidades criticam julgamento só de pedido de Lula e cobram 'definição geral'
Em passagem pelo Rio Grande do Sul, Lula disse nesta quarta-feira, 21, que não está com medo de ser preso.
"Não tenho [medo de ser preso]", disse Lula, em entrevista à rádio Imembuí, de Santa Maria (RS), durante a manhã. "Acho que as pessoas que me condenaram estão mais intranquilas do que eu, eu tenho a tranquilidade de um inocente e eles não têm essa tranquilidade e sabem que fizeram uma barbárie jurídica", afirmou. O petista voltou a dizer que, se for preso, será o "primeiro preso político do século XXI no Brasil".