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Carla Zambelli vai ao STF para ser ouvida na CPI da Covid

Relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugere indiciamento da deputada bolsonarista por incitação ao crime na pandemia

Foto do author Rayssa Motta
Foto do author Fausto Macedo
Por Rayssa Motta e Fausto Macedo
Atualização:

Carla Zambelli. FOTO: PSL/CÂMARA  

No caminho contrário da maioria das testemunhas e investigados pela CPI da Covid, que recorreram ao Supremo Tribunal Federal (STF) para fugir do interrogatório dos senadores, a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP) entrou nesta terça-feira, 19, com habeas corpus para ser ouvida na comissão parlamentar.

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"Espero que tenham a dignidade de chamar para depor", afirma a deputada apoiadora de primeira hora do presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Os trabalhos da CPI estão se encaminhando para o final e o relatório do senador Renan Calheiros (MDB-AL) sugere o indiciamento de Carla Zambelli por incitação ao crime. Ela argumenta que Código de Processo Penal garante a todo cidadão o direito à ampla defesa. Ainda sugere que os demais possíveis indiciados também acionem o STF para prestar depoimento na comissão, o que poderia atrasar a conclusão da investigação parlamentar.

A deputada diz que, além da menção do relatório, seu nome foi citado ' diversas vezes' pelos membros da CPI e questiona se haveria 'medo e receio em falar na minha cara o que pensam a meu respeito'.

O processo foi distribuído ao ministro Ricardo Lewandowski, que pediu informações para a comissão parlamentar antes de tomar uma decisão.

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Ao todo, o parecer apresentado pelo relator sugere o indiciamento de 70 pessoas, incluindo o presidente Jair Bolsonaro, filhos dele, ministros, empresários e médicos, além de duas empresas. O documento precisa passar pelo crivo do colegiado antes de ser encaminhado aos órgãos de controle, que poderão abrir processos com base nos achados da comissão.

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