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Cardozo afirma que 'nunca' disse a Joesley que poderia interferir no Supremo

Ex-ministro da Justiça (Governo Dilma) declarou que 'os ministros do Supremo são soberanos quando decidem'

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Foto do author Julia Affonso
Por Luiz Vassallo e Julia Affonso
Atualização:

O ex-ministro da Justiça José Eduardo Cardozo (Governo Dilma). Foto: Felipe Rau/Estadão

O ex-ministro José Eduardo Cardozo (Justiça/Governo Dilma) afirmou nesta terça-feira, 12, que jamais disse aos delatores da JBS que poderia interferir junto a ministros do Supremo Tribunal Federal em favor do grupo empresarial. "Um absurdo, nunca fiz isso com ele (Joesley Batista, principal acionista da JBS) ou com qualquer cliente. Ninguém tem o controle do Supremo Tribunal Federal, os ministros são soberanos quando decidem."

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Cardozo depôs em São Paulo como testemunha em uma ação penal do caso Zelotes que envolve o ex-presidente Lula.

O depoimento foi dado por vídeoconferência para a Justiça Federal em Brasília, onde corre o processo Zelotes.

Cardozo, que mantém escritório de advocacia, disse que foi a um jantar na casa de Joesley, em São Paulo, 'por solicitação dele'. Segundo o ex-ministro, Joesley 'disse que gostaria de contratar o nosso escritório de advocacia para atuar na causa'.

Ele afirmou que acabou não fechando contrato com o acionista da JBS, mas não revelou o motivo alegando 'razões de segredo profissional'.

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Cardozo afirmou, ainda, que não tem preocupação com uma eventual delação do empresário - em depoimento à Procuradoria-Geral da República, Joesley disse que gravou a conversar com o ex-ministro durante o jantar em sua residência.

Cardozo disse que ficou 'muito triste e indignado' ao saber que sua conversa foi gravada.

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