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Cardozo aciona PF para investigar vazamento de informações sobre Lula

Ministro da Justiça quer apuração sobre violação do sigilo legal dos dados do ex-presidente; relatório do Coaf, publicado por Veja, aponta créditos de R$ 27 milhões em 4 anos para LILS, empresa que leva as iniciais de Luiz Inácio Lula da Silva

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Por Redação
Atualização:

Lula. Foto: AP

Atualizada às 13h14

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Por Andreza Matais e Fausto Macedo

O Ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, vai pedir nesta terça-feira, 18, à Polícia Federal abertura de investigação do vazamento de informações do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) sobre movimentação do caixa da empresa LILS, do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Órgão de inteligência financeira do Ministério da Fazenda,o Coaf produziu um relatório que foi divulgado na edição da revista Veja deste fim de semana. A investigação terá como foco a violação do sigilo legal dos dados do ex-presidente.

José Eduardo Cardozo. Foto: Dida Sampaio/Estadão

A revista divulgou a lista de clientes do petista e indicou que o faturamento da sua empresa que leva a as iniciais de seu nome chegou a R$ 27 milhões em 4 anos. Segundo a reportagem, deste total, R$ 9,8 milhões teriam sido de empreiteiras investigadas na Operação Lava Jato. A L.I.L.S. é a empresa que o ex-presidente usa para receber recursos de palestras, uma das atividades às quais se dedicou após deixar o Palácio do Planalto

Na ultima semana, Cardozo já tinha pedido à PF para investigar também um suposto ataque à sede do Instituto Lula.

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O Estado revelou ontem que Coaf elaborou três relatórios que apontam movimentação atípica da empresa do ex-presidente Lula foram remetidos para Ministério Público no Distrito Federal, Rio de Janeiro e Paraná.

Em junho, o juiz Sérgio Moro, responsável pela Lava Jato no Paraná, afirmou em despacho que o ex-presidente não estava sendo investigado, mas, conforme investigadores ouvidos pelo Estado, isso não significa que movimentações de sua empresa não tenham sido alvo de apurações.

Como mostrou o Estado na semana passada, a PF gravou conversa do executivo da Odebrecht Alexandrino de Salles Ramos Alencar com Lula, em 15 de junho, quatro dias antes de o empresário ser preso na Lava Jato. O alvo da interceptação era uma linha usada por Salles.

No diálogo, segundo relatório da PF, o ex-presidente se diz preocupado com "assuntos BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social)". A instituição é alvo de uma CPI que visa investigar a política de financiamentos a grandes empresas nos governos petistas.

COM A PALAVRA, O INSTITUTO LULA:

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"Todas as palestras e atividades do ex presidentes foram legais com os impostos devidamente recolhidos"

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