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'Capitã Cloroquina' acusa no Supremo Aziz, Randolfe e Renan de vazamento de e-mail e violência psicológica contra a mulher na CPI da Covid

Os advogados de Mayra Pinheiro buscam ainda rebater as imputações de crime de epidemia, prevaricação e crime contra a humanidade feitas a médica no relatório final da CPI da Covid

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Foto do author Davi Medeiros
Por Pepita Ortega e Davi Medeiros
Atualização:

Atualizada às 13h42*

A Secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro. Foto: Júlio Nascimento/PR

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A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde, Mayra Pinheiro, conhecida como 'capitã cloroquina' acionou o Supremo Tribunal Federal mais uma vez contra a cúpula da CPI da Covid, imputando suposta violação de sigilo funcional ao presidente do colegiado, Omar Aziz, o vice, Randolfe Rodrigues, e o relator, Renan Calheiros.

A aliada do presidente Jair Bolsonaro ainda acusa os parlamentares de violência psicológica contra a mulher, dizendo que foi vítima de 'discriminação' e 'perseguição' por defender o 'tratamento precoce' - uso de medicamentos sem comprovação científica contra a covid-19.

A petição pela capitã cloroquina foi apresentada ao STF na última sexta-feira, 7. A vice-presidente da corte Rosa Weber, que analisa casos urgentes durante o plantão judiciário, determinou que os autos sejam encaminhados, após o fim do recesso, ao gabinete da ministra Cármen Lúcia, a relatora do processo.

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Ao atribuir suposta violação de sigilo funcional aos senadores que integravam a cúpula da CPI, Pinheiro cita a divulgação de um conteúdo de seu e-mail em que sugeria a autoridades de Portugal a adoção do chamado 'tratamento precoce'.

Omar Aziz (sentado), presidente da CPI da Covid; Randolfe Rodrigues, vice (à esq.); e o relator Renan Calheiros. FOTO: EDILSON RODRIGUES/AG. SENADO Foto: Estadão

Na petição ao Supremo, os advogados de Pinheiro buscam ainda rebater as imputações feitas a médica no relatório final da CPI da Covid. A 'capitã cloroquina' foi acusada pelos senadores dos crimes de epidemia, prevaricação e crime contra a humanidade. A aliada de Bolsonaro nega as acusações e diz que as imputações tiveram como objetivo 'desacreditá-la como médica perante a sociedade brasileira'.

COM A PALAVRA, O SENADOR RANDOLFE RODRIGUES

"É um típico caso em que a ré quer se colocar na condição de vítima. Ré é ré. Vitimas são os 20 milhões de brasileiros que foram utilizados como cobaia por ela e seus asseclas no Ministério da Saúde. Outra coisa é que pelo menos também para isso a CPI serviu. Para membros de um governo machista lembrarem que existe direitos das mulheres. eu saúdo a conversão dela para esse lado".

COM A PALAVRA, OS SENADORES

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A reportagem busca contato com os senadores. O espaço está aberto para manifestações.

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