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Brincar para entender

Por Andréia Saltz Grinberg
Atualização:
Andréia Saltz Grinberg. FOTO: ARQUIVO PESSOAL Foto: Estadão

No universo infantil, o ato de brincar tem papel fundamental: a seu tempo e à sua maneira, a criança vai se desenvolvendo e atribuindo significado às experiências. E através da representação no mundo da fantasia, vai elaborando suas vivências internas, seus conflitos, e vai amadurecendo suas aptidões. Ao brincar, uma criança não apenas explora o ambiente à sua volta: também constrói sua própria identidade.

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Vai levar um bom tempo até conseguirmos mensurar, em nossas vidas, os efeitos reais do que estamos vivendo. Seja na saúde, na economia, ou no plano emocional das pessoas, o que sem dúvida é preocupante. Com as crianças, independentemente da idade, não é diferente. E é aí que o brincar nos atenta para mais um significado importante, que é usá-lo como forma de comunicação, de leitura de mundo, e de expressão dos afetos.

Brincar é portanto um recurso para não deixar as crianças sem resposta. Devemos adequar os fatos e as verdades ao nível de compreensão de cada um e, nesse sentido, o lúdico adquire uma importância imensa: o de informar não apenas pela via do medo, mas pelo caminho do entendimento pela leveza.

Se de um lado lamentamos e sofremos com as privações de convívio social, da família estendida e da ausência do ambiente escolar, por outro lado penso que pais, mães e cuidadores diretos estão tendo uma oportunidade singular de convivência mais próxima. O que nos possibilita acompanhar mais de perto, resgatar valores e acolher, em que pese dar conta de uma demanda exaustiva no exercício do desempenho de diversos papéis de coordenação do contexto atual.

E não seria a hora de nós, adultos, resgatarmos um pouco a capacidade lúdica que temos dentro de nós, tão importante para nossos filhos? Resgatar a invencionice é também conseguir se abrir para novas experiências, à espera de dias mais coloridos, através de nossa esperança.

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Brincar também é aprender, e aprender brincando é muito mais divertido!

*Andréia Saltz Grinberg, psicóloga clínica

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