O diretor-geral da Polícia Federal, delegado Maurício Valeixo, visitou a PF da Bélgica e firmou mais um acordo de cooperação entre os países contra as grandes organizações que promovem o tráfico de drogas a nível internacional. Atualmente, o porto de Antuérpia, no país europeu, é um dos destinos mais contemplados pelas facções brasileiras que enviam carregamentos de drogas em contêineres, a partir do porto de Santos, no litoral de São Paulo.
O termo prevê que a atuação nos portos seja reforçada, com a possível criação de um posto de oficial de ligação. Somente neste ano, informou a PF, já foram confiscadas incríveis 8,4 toneladas de drogas na Bélgica, no porto de Antuérpia, resultado da cooperação entre os países.
"Bélgica está entre os países que mais cooperação tem com o Brasil. Casos importantes que não envolvem somente apreensão de drogas, mas principalmente identificação e prisão de organizações criminosas internacionais e descapitalização patrimonial através de investigação de lavagem de dinheiro entre os dois países", afirmou o delegado federal Elvis Seco, coordenador-geral de Repressão a Drogas e Organizações Criminosas, que acompanhou Valeixo.
Dados do sistema de inquéritos da Polícia Federal mostram que a corporação bateu recorde histórico de apreensão de cocaína em 2018.
Com 78,5 toneladas apreendidas, a PF quase duplicou sua própria marca, de 2017, quando foram arrestadas cerca de 48 toneladas da droga durante ações da corporação.
Somente em setembro passado, a PF e a Receita divulgaram três apreensões de drogas com destino à Bélgica. Foram 70,8 kg da droga apreendidos no porto de Natal, em um carregamento de sal.
Já no porto de Santos, a Receita Federal fez duas grandes apreensões, uma de 423 kg que estavam em bolsas esportivas e, outra, de 1,4 tonelada do entorpecente encontrada em uma carga de açúcar cristal.