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Bilionários entram em órbita

Por Denys Monteiro
Atualização:
FOTO: JOE SKIPPER/REUTERS  

No último dia 11 de julho, domingo, tivemos a oportunidade de ver mais um feito inédito, quando Sir Richard Branson decolou com sua espaçonave para o "primeiro" voo comercial com passageiros na órbita da terra. O espetáculo foi digno de superprodução e contou com a chegada dele numa bicicleta, assinatura de livro de "guests", caneta especial, comentários durante o voo, apresentador. 90 minutos depois, eles pousaram com sucesso e partiram para a celebração com direito até a show.

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Admiro muito os sonhadores que realizam grandes feitos e nos fazem superar nossos desafios, querer mais, lutar pelos nossos próprios sonhos (cada um na sua escala). Empresários, estadistas e atletas têm esta característica e sempre desafiaram o status quo desde os tempos primórdios.

Alguns clássicos como Ford ao mudar a indústria automobilística, Mandela pelo lado dos estadistas, Pelé pela sua genialidade.

Meu ponto com toda esta discussão sobre a nova corrida espacial - Bezos, Branson, Musk - me fez pensar em onde estamos investindo no tempo, dinheiro e recursos. Não vou fazer nenhum juízo de valor, até porque admiro estes feitos e, de fato, adoraria fazer uma viagem destas no futuro (quem não sonhou em ser astronauta na infância não é mesmo? Eu tinha até uns posters da lua no meu quarto).

Neste mundo onde investidores e sociedade clamam por iniciativas voltadas para o "ESG" - ambiente, social e governança - eu tenho uma admiração especial por pessoas que tem uma missão mais complexa do que conquistar o espaço. Como Bill Gates, que com sua fundação, formada por recursos oriundos de sua própria fortuna pessoal, investe em temas sociais de grande impacto em comunidades pobres e na ciência aplicada a cura de doenças raras e, em especial, um cara que se propõe a "colocar a favela no museu".

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Pois é, acho o Edu Lyra tão inspirador quanto nossos bilionários em suas corridas espaciais. Acho até curioso que o próprio Edu fale que quer erradicar as favelas antes do homem povoar Marte.

Na minha visão, é um chamado para reflexão sobre onde deveríamos investir nossos recursos - povoar outro planeta ou resolver os problemas deste?

De qualquer forma, sonhar é preciso. Executar é ainda mais importante, pois, conseguimos, de fato, tangibilizar nossos objetivos e mostrar caminhos. Fica aqui o meu sincero desejo de que Sir Branson, Bezos e Musk atinjam seus objetivos. Mas eu vou partir em paz no dia em que o Edu atingir os dele.

Boa jornada!

*Denys Monteiro é CEO na ZRG Brasil, membro do YPO, coach executivo pela Universidade de Columbia e investidor-anjo

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