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Bendine nega à PF propina de R$ 3 mi e diz que 'contrariou' Marcelo Odebrecht

Ex-presidente da Petrobrás depôs nesta segunda-feira, 31, e relatou ter inclusive negado 'pedido de financiamento da construção do estádio do Corinthians', quando ainda presidia o Banco do Brasil

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Por Julia Affonso , Luiz Vassallo e Ricardo Brandt
Atualização:

Aldemir Bendine. 2011. Foto: Nacho Doce/Reuters

Em seu depoimento à Polícia Federal nesta segunda-feira, 31, o ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobrás Aldemir Bendine negou que tenha recebido propina de R$ 3 milhões da Odebrecht. Ele afirmou que não recebeu valores ilícitos de qualquer empresa Bendine disse, ainda, que tinha boa relação com o publicitário André Gustavo Vieira da Silva, mas negou ter 'relações profissionais com ele'.

Documento

O DEPOIMENTO

Segundo Bendine, enquanto foi presidente do Banco do Brasil 'negou inúmeros pleitos da Odebrecht, como o pedido de financiamento da construção do estádio do Corinthians'.

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Bendine foi preso na quinta-feira, 27, na Operação Cobra,fase 42 da Lava Jato, por suspeita de propina da Odebrecht. Também foram presos André Gustavo e o irmão dele, Antonio Carlos Vieira Júnior.

Na lista de propinas da empreiteira, Bendine era identificado como 'Cobra'. O empresário Marcelo Odebrecht, preso desde junho de 2015, disse em delação premiada que pagou R$ 3 milhões a Bendine.

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À PF, Bendine afirmou que 'contrariou Marcelo Odebrecht, cancelou negócios, e manteve seus contratos suspensos em decorrência das investigações no âmbito da Lava Jato'.

Ele relatou 'conversa tensa com representantes da Odebrecht em escritório de advocacia que atendia ambas as empresas'.

Sobre a viagem que faria a Portugal na sexta-feira, 28, voltou a informar que se tratava de 'uma viagem turística, com a família, que tinha passagem de volta'. Apresentou os comprovantes de reservas em hotéis.

Bendine disse que 'foi surpreendido com sua prisão, uma vez que já tinha manifestado intenção de prestar depoimento e abriu mão de seu sigilo fiscal e bancário'.

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