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Barroso diz que eleição digital eliminou risco de fraude eleitoral no Brasil

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Luís Roberto Barroso, voltou a defender na noite deste domingo, 15, a segurança do sistema eleitoral do País. Segundo ele, a eleição digital 'eliminou risco de fraude eleitoral no Brasil'.

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Por Rayssa Motta
Atualização:

"O sistema de votação de um país é uma decisão democrática coletiva. Há muito anos o País decidiu fazer a votação por um sistema de uras eletrônicas, desde 1996", defendeu.

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Ainda segundo Barroso, o sistema de votação através de urnas eletrônicas tem funcionado bem e fazer uma substituição 'seria mexer em um time que está ganhando'.

"Nunca houve nenhuma comprovação de fraude, nem eu tampouco tenho a impressão de que o resultado divulgado pelas urnas não tenha correspondido à vontade popular. Eu posso dizer, eu que sou antigo, que fraude havia nos sistemas anteriores: no sistema de cédula, no sistema em que você lançava em mapas o resultado das eleições", afirmou a jornalistas. "A eleição digital eliminou o risco de fraude no Brasil. E, portanto, voltar ao sistema de papel me parece algo que não atende ao melhor interesse público", completou.

O ministro do Supremo Tribunal Federal, Luís Roberto Barroso. Foto: Dida Sampaio / Estadão

Durante a coletiva de imprensa na noite de hoje, o ministro também chegou a ironizar as propostas para adoção do voto impresso ao comparar os sistemas eleitorais brasileiro e americano.

"Há um grande país que ainda adota o sistema de cédulas. A eleição terminou 3 de novembro. Ainda estão contando e disputando. Portanto é uma questão de colocar na balança e ver qual é o sistema de que a gente prefere", disparou. 

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O presidente do TSE lembrou ainda da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de rejeitar a impressão dos votos registrados na urna. A medida teria um custo de R$ 2,5 bilhões aos cofres públicos ao longo de dez anos, segundo estimativas feitas próprio Tribunal Superior Eleitoral em 2017, após o Congresso aprovar um projeto, em 2015, que previa a impressão de um comprovante físico dos votos nas urnas eletrônicas.

Em setembro, o STF decidiu, no entanto, que é inconstitucional a adoção do voto impresso, ao concluir que a medida viola o sigilo e a liberdade do voto. O voto impresso era uma das exigências previstas na minirreforma eleitoral, sancionada com vetos, em 2015, pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT). Em novembro daquele ano, o Congresso derrubou o veto de Dilma ao voto impresso - ao todo, 368 deputados e 56 senadores votaram a favor da impressão, proposta apresentada pelo então deputado federal Jair Bolsonaro.

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