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Atos têm briga entre bolsonaristas e MBL

Em São Paulo, houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um “agradecimento” a PM por ter agido na ocasião

Por Pedro Venceslau/SÃO PAULO e Denise Luna/RIO
Atualização:

Reprodução/Twitter  

Um dos principais organizadores das manifestações pelo impeachment de Dilma Rousseff em 2015, o Movimento Brasil Livre (MBL) foi hostilizado por ativistas nesse domingo, 30, por não incluir o apoio ao presidente Jair Bolsonaro entre suas bandeiras.

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Durante a manifestação em defesa de Sérgio Moro, da Lava Jato e da reforma da Previdência realizada na Avenida Paulista, em São Paulo, cerca de 20 integrantes do grupo DireitaSP foram até o caminhão do MBL em frente ao Masp para puxar palavras de ordem contra o grupo.

Houve um princípio de tumulto e a Polícia Militar teve que agir para evitar uma briga generalizada. Horas depois, o MBL publicou em suas redes sociais um "agradecimento" a PM por ter agido na ocasião.

Edson Salomão, presidente do Direita SP: "Rodrigo Maia está usando o governo. Foto: Pedro Venceslau

O MBL e o Vem Pra Rua, os dois maiores grupos anti-Dilma em 2015, optaram por excluir a defesa do presidente Jair Bolsonaro de suas agendas. O ato, que chegou a ocupar quatro quarteirões, também foi marcado por críticas ao Supremo. "O STF deveria agir como guardião da Constituição, mas age como seu algoz", disse o coordenador nacional do MBL, Renato Battista.

"Seguranças do MBL atacaram nossos integrantes. Eles foram lá cobrar o comportamento de não dizerem que apoiam o Bolsonaro. O MBL é oportunista", disse Edson Salomão, presidente do DireitaSP.

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Adelaide Oliveira, porta voz do Vem Pra Rua: "Seria inteligente ser conciliador, mas nem todos pensam assim". Foto: Pedro Venceslau

"Nós temos fotos e vídeos que já identificaram os agressores. Os vídeos mostram que eles foram lá e começaram a agressão", responde Renato Battista, coordenador nacional do MBL.

Segundo ele, o escritor Olavo de Carvalho disse na quarta feira que os manifestantes tinham que agredir o deputado Kim Kataguiri (DEM-SP), do MBL, nas manifestações.

Renato Battista. Foto: Helvio ROmero/Estadão

"A gente não puxa o saco do Bolsonaro", finalizou o dirigente do MBL.

Integrantes do MBL também não foram bem recebidos por um grupo minoritário que se manifestava em ato pró-Sérgio Moro no final da manhã deste domingo, 30, em Copacabana, no Rio. Um deles foi agredido por um manifestante que estampava as palavras "Direita Rio de Janeiro" em sua camiseta. O grupo também segurava a faixa "MBL Vocês não nos representam... MuKIMrana". O MBL passou a ser alvo de grupos pró-Bolsonaro especialmente após não apoiar lemas contra o STF e o Centrão nos atos pelo País do dia 26 de maio.

De acordo com o coordenador do movimento no Rio, Renato Borges, um boletim de ocorrência deve ser feito ainda nesta tarde. "O MBL colocou o seu caminhão de som na avenida Atlântida para manifestar em defesa da Lava Jato. Uma minoria organizada veio nos hostilizar, proferiu ofensas, partiu para a agressão física e a Polícia Militar logo veio e retirou o agressor", relata o jovem.

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