A Procuradora-Geral da República (PGR) denunciou o governador de Minas Fernando Pimentel (PT) pelos crimes de omissão e falsidade na prestação de contas da campanha eleitoral de 2014. De acordo com a denúncia, Pimentel é acusado de omitir o recebimento de R$ 3,2 milhões, bem como as respectivas despesas.
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TRANSAÇÕES BANCÁRIAS DISSIMULADASA denúncia contra Pimentel foi apresentada ao Superior Tribunal de Justiça em 27 de março, subscrita pelo vice-procurador-geral da República Luciano Mariz Maia.
O ministro Herman Benjamin, relator do caso no STJ, retirou o sigilo da denúncia contra o governador e mais seis investigados.
O Ministério Público Federal sustenta que 'ao lado da campanha oficial, tanto de responsabilidade do candidato, quanto do partido, corria uma estrutura paralela de arrecadação de fundos e custeio de despesas' mediante dinheiro vivo e transações bancárias dissimuladas.
Os recursos tinham como origem doações ocultas e pagamentos de vantagens indevidas negociadas no período em que o então candidato ocupou o cargo de ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, afirma a Procuradoria.
Pimentel chefiou o ministério entre 2011 e 2014.
COM A PALAVRA, O ADVOGADO EUGÊNIO PACELLI, QUE DEFENDE PIMENTEL À reportagem, o advogado Eugênio Pacelli afirmou que a defesa não irá antecipar sua resposta. "Ela irá para os autos do processo", disse.