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Assessor de Russomano procurou empreiteiro da Lava Jato por 'apoio', diz mensagem

Mensagem interceptada no celular de Léo Pinheiro, ex-presidente da OAS, revela que assistente de deputado federal o procurou um ano antes das eleições de 2014 em busca de 'apoio'

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Por Redação
Atualização:

Por Ricardo Chapola e Mateus Coutinho

Celso Russomano. Foto: Estadão

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Mensagens interceptadas pela Polícia Federal no celular do ex-presidente da OAS, José Aldemario Pinheiro Filho, conhecido como Léo Pinheiro e preso da Operação Lava Jato acusado de participar do esquema de cartelização de obras e pagamento de propinas em contratos na Petrobrás revelam que um assessor do deputado federal Celso Russomanno (PRB) procurou o empreiteiro um ano antes da eleição de 2014 "para falar sobre apoio".

O parlamentar foi o deputado federal mais votado em São Paulo, com mais de 1,5 milhão de votos, e já se apresenta como candidato do partido à Prefeitura de São Paulo nas eleições de 2016.

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Na mensagem, Marcos Ramalho, que é funcionário da OAS, avisa que foi procurado por Odilon Manoel Ribeiro, assessor jurídico de Russomanno nas eleições de 2014, para falar com o dono da empreiteira sobre "apoio" ao parlamentar. Ramalho se dirige ao patrão como "Dr Leo" - José Aldemario Pinheiro Filho é conhecido como Leo Pinheiro.

 Foto: Estadão

"Dr Léo, ligaram para o senhor hoje: dr Odilon - assessor de C. Russomanno. Recado: para falar sobre apoio", escreveu Ramalho ao empreiteiro, na mensagem de texto enviada no dia 12 de julho de 2013.

A OAS não aparece como doadora da campanha de Russomanno em 2014 na prestação de contas apresentadas por ele à Justiça Eleitoral. Confira para quem a empreiteira OAS doou em 2014 pela ferramente "siga o dinheiro" do Estadão Dados. Pessoas ligadas a Russomanno afirmaram à reportagem que representantes da OAS se reuniram com Odilon no comitê do deputado durante a campanha do ano passado.

Procurado pelo Estado, Odilon Manoel Ribeiro disse que "nunca conversou" com o presidente da OAS e que só conhecia Léo Pinheiro pela imprensa.

"Conheço (Léo Pinheiro) de ouvir falar. Nunca estive com ele. Só conheço ele pela imprensa. Nunca conversei com ele, nem por telefone", afirmou o assessor de Russomanno. A reportagem também procurou o deputado, mas não obteve respostas até a publicação desta reportagem.

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A defesa de Léo Pinheiro informou que ele não vai comentar o assunto.

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