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Aras se manifesta contra inquérito sobre suposta interferência de Bolsonaro por Wassef em Viracopos

Procurador-geral da República pede arquivamento de representação de advogado que se opôs à contratação do antigo defensor da família do presidente pela concessionária do aeroporto Internacional de Campinas, no interior de São Paulo

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Por Redação
Atualização:

O procurador-geral da República Augusto Aras opinou contra a abertura de inquérito para apurar suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro junto ao antigo advogado da família, Frederick Wassef, em acordo envolvendo a concessionária Aeroportos Brasil Viracopos. O PGR apontou que não foram apresentados indícios suficientes de prática ilícita.

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A ação foi movida pelo advogado Carlos Eduardo Silva Duarte após o portal O Antagonista divulgar, em junho passado, que Wassef havia sido contratado pela concessionária do aeroporto de Viracopos para atuar na 'prestação de consultorias jurídicas e estratégicas'.

À época, a concessionária havia fechado acordo de relicitação do terminal em Campinas (SP) e Wassef teria se reunido com Bolsonaro horas antes do presidente se encontrar com representantes da Aeroportos Brasil Viracopos.

A alegação do advogado Carlos Eduardo Silva Duarte era de que a Wassef 'teria apenas servido como preposto do presidente na defesa dos interesses privados da concessionária'.

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Aras, no entanto, apontou que não foram apresentados elementos suficientes para embasar a abertura de um inquérito.

"Na eventualidade de surgirem indícios suficientes de uma possível prática ilícita pelos ora representados, será providenciada a instauração de inquérito perante esse Supremo Tribunal Federal, com adoção, a partir de então, das medidas cabíveis", afirmou.

O caso está sob relatoria do ministro Ricardo Lewandowski.

COM A PALAVRA, A ADVOCACIA-GERAL DA UNIÃO A reportagem entrou em contato com a AGU e aguarda resposta. O espaço está aberto a manifestações.

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