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Aras comunica ao Supremo quatro apurações preliminares contra Bolsonaro e ministros por difusão de cloroquina contra a covid-19

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Por Pepita Ortega e Rayssa Motta
Atualização:

Procurador-Geral da República, Augusto Aras. Foto: Antônio Augusto/Secom/PGR

O procurador-geral da República, Augusto Aras, encaminhou manifestação ao Supremo Tribunal Federal nesta quarta, 10, informando que tramitam na instituição, para apuração disciplinar, quatro notícias de fato contra o presidente Jair Bolsonaro e ministros do governo federal em razão da defesa da utilização da cloroquina, da azitromicina e da ivermectina no tratamento da covid-19, sem comprovação científica.

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A indicação foi feita à ministra Rosa Weber, que encaminhou à PGR uma notícia-crime do PDT contra o presidente. Aras indicou que a instituição já estava a par das questões levantadas pelo partido e pediu que a queixa-crime fosse negada, em razão das apurações preliminares já abertas.

"Os fatos narrados pelo noticiante já são de conhecimento da Procuradoria-Geral da República, no âmbito da qual tramitam, para apuração preliminar, a Notícia de Fato 1.00.000.014993/2020-01, instaurada em desfavor do noticiado, bem como outros procedimentos instaurados em desfavor de Ministros de Estado em tese envolvidos nos fatos. Caso surjam indícios mais robustos da possível prática de ilícitos pelo requerido, serão adotadas as medidas cabíveis", registrou o PGR no documento.

Como mostrou a repórter Célia Froufe, na notícia crime apresentada ao Supremo, o PDT acusou Bolsonaro de expor a vida ou a saúde de pessoas a perigo direto e iminente. ""Houve excessiva difusão da cloroquina, com prováveis ilegalidades no gasto do dinheiro público, quando não há sequer estudo científico que comprove a eficácia do medicamento no combate e prevenção ao novo coronavírus", alegou a legenda.

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