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Após prisão de Queiroz, Moro pede independência das polícias, Ministério Público e Justiça para que 'fatos sejam esclarecidos'

Sérgio Moro, que acusou o presidente de tentar interferir na Polícia Federal para blindar familiares, se manifestou no Twitter depois da prisão do ex-assessor de Flávio Bolsonaro investigado por 'rachadinha'

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Por Rayssa Motta
Atualização:

Flavio Bolsonaro e Sergio Moro. Foto: Wilton Junior/Estadão

Após a prisão do ex-assessor parlamentar Fabrício Queiroz, pivô do suposto esquema de 'rachadinhas' que arrastou o gabinete do então deputado estadual Flávio Bolsonaro para o centro de uma investigação criminal, o ex-ministro da Justiça, Sérgio Moro, se manifestou nas redes sociais.

Sem citar diretamente o caso, Moro escreveu em sua conta no Twitter que 'o importante é que polícias, Ministério Público e Cortes de Justiça possam trabalhar de maneira independente e que todos os fatos sejam esclarecidos'.

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Ex-juiz federal que julgou casos emblemáticos da Operação Lava Jato, Sérgio Moro esteve à frente do Ministério da Justiça e Segurança Pública durante pouco mais de um ano e meio. Em abril, deixou o governo acusando o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de tentar interferir politicamente na Polícia Federal para blindar aliados e familiares de investigações.

Na sequência, um outro ex-aliado do governo, o empresário e pré-candidato à prefeitura do Rio, Paulo Marinho (PSDB), revelou que Flávio, filho mais velho do presidente, teria recebido vazamento da Polícia Federal (PF) sobre investigações envolvendo Queiroz.

O ex-assessor parlamentar foi preso em um imóvel atribuído ao advogado de Flávio no caso das 'rachadinhas', que levou à prisão que Queiroz, o que levanta a suspeita sobre uma possível troca de informações entre investigados - que poderia configurar tentativa de obstrução de Justiça.

O ex-assessor parlamentar de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Foto: Reprodução

'Rachadinhas'. Queiroz é suspeito de participação em um suposto esquema de desvio de dinheiro dos salários dos funcionários, a chamada 'rachadinha', na Assembleia Legislativa do Rio. O dinheiro teria sido lavado por meio da compra e da venda de ao menos 19 imóveis no Rio.

Em dezembro de 2018, o Estadão revelou que ele foi citado em um relatório do antigo Conselho de Atividades Financeiras (Coaf) por movimentar  R$ 1,2 milhão em sua conta de maneira 'atípica', o que levou o gabinete do filho do presidente Jair Bolsonaro para o centro de uma investigação do Ministério Público do Rio de Janeiro.

Em abril de 2019, a Justiça do Rio de Janeiro determinou a quebra do seu sigilo fiscal e bancário, do senador Flávio Bolsonaro, e de outras 84 pessoas e 9 empresas entre 2007 e 2018.

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