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Após perder vice de São Paulo, DEM chama Doria de 'despreparado' e 'inábil politicamente'

Aliados em todas as eleições presidenciais, desde 1994, o PSDB e o DEM travaram nas últimas semanas uma 'guerra fria' em busca de protagonismo para a disputa de 2022

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Por Lauriberto Pompeu e BRASÍLIA
Atualização:

ACM Neto. Foto: Denise Andrade/Estadão

O presidente nacional do DEM, ACM Neto, criticou nesta sexta-feira (14) a saída do vice-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia, do partido para se filiar ao PSDB. Em nota, ACM Neto faz duras críticas ao governador paulista João Doria (PSDB). "A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional", escreveu o presidente do DEM.

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Aliados em todas as eleições presidenciais, desde 1994, o PSDB e o DEM travaram nas últimas semanas uma "guerra fria" em busca de protagonismo para a disputa de 2022. O embate passa pelo palanque em São Paulo e opõe os antigos parceiros. O presidente do DEM, ACM Neto, já havia avisado Doria que, se ele insistisse em filiar Garcia ao PSDB, as negociações entre os dois partidos para 2022 estariam encerradas.

Garcia era do DEM, mas se filiou nesta sexta-feira, 14, ao PSDB. O movimento de Doria, que quer fazer de seu vice o candidato do PSDB ao governo de São Paulo, em 2022, contraria ACM Neto.

Como mostrou o Estadão, o projeto presidencial de Doria também enfrenta resistências de dirigentes tucanos. Além disso, de uns tempos para cá, o DEM tem indicado que não vai endossar a possível candidatura do governador à sucessão do presidente Jair Bolsonaro.

O DEM conta com dois nomes que podem entrar na briga pelo Palácio do Planalto: o ex-ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (MG).

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Leia a íntegra da nota do Democratas:

"A mudança do vice-governador Rodrigo Garcia para o PSDB é fruto de uma inexplicável imposição estabelecida pelo governador de São Paulo, João Doria, cuja inabilidade política tem lhe rendido altíssima rejeição e afastado os seus aliados.

A postura desagregadora do governador de São Paulo amplia o seu isolamento político, e reforça a percepção do seu despreparo para liderar um projeto nacional. O momento pede grandeza e compromisso dos homens públicos com o país. Não é hora de dividir, mas de agregar. O Democratas defende a união de forças, e que se deixem os interesses pessoais de lado.

Certos de que o PSDB possui lideranças e quadros nacionais que são capazes de colocar os objetivos comuns e os sonhos para o futuro do Brasil à frente de projetos pessoais, o Democratas espera preservar a longa história de parcerias construída com o partido."

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