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Após passar mal, Cerveró afirma sofrer de 'transtorno psicótico'

Advogado de ex-diretor da Petrobrás pediu à Justiça que executivo possa ter atendimento psicoterapêutico na carceragem da PF; quadro depressivo de Cerveró começou um mês após deflagração da Lava Jato

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Por Redação
Atualização:

Por Mateus Coutinho e Fausto Macedo

O ex-diretor da Petrobrás Nestor Cerveró. Foto: André Dusek/Estadão

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Após o ex-diretor da área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró passar mal nesta manhã , sua defesaafirmou à Justiça Federal que ele sofre de ansiedade e depressão e pediu que o executivo tenha direito a consultas semanais com psicólogo na prisão. Segundo a psicóloga que cuida do ex-diretor, seu quadro depressivo se agravou em abril de 2014, um mês após a deflagração da Lava Jato.

Segundo a defesa, o executivo já vem sendo medicado na carceragem da PF, mas ainda assim precisa de consultas com um psicólogo. "Em decorrência do seu transtorno psicótico (depressão maior), o indiciado precisa de acompanhamento médico para dar continuidade ao seu tratamento, especialmente, de consultas semanais com psicólogo", assinala o advogado Ricardo Ribeiro, que defende o ex-diretor, em petição encaminhada à Justiça Federal no Paraná.

O documento é acompanhado de atestados da psicóloga Elizabeth Carneiro, da Santa Casa do Rio de Janeiro, que afirma que Cerveró é seu paciente há três anos. "(Cerveró) faz tratamento psicoterápico desde esta época para um quadro de transtorno de ansiedade com sintomas de angustia e inquietação", assinala a psicóloga.

"Desde o mês de abril de 2014, vem apresentando claramente sintomas depressivos severos, necessitando assim de tratamento psicológico para esta patologia", continua Elizabeth que afirma que, atualmente, Cerveró sofre de "depressão maior".

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ABAIXO, O ATESTADO DA PSICÓLOGA ELIZABETH CARNEIRO

 Foto: Estadão

Na manhã desta quarta, Cerveró teve um pico de pressão arterial e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi chamado para atendê-lo.

Após o atendimento, a equipe médica constatou que a alta da pressão ocorreu por causa de ansiedade e foi descartada a necessidade de transferir o ex-diretor para um hospital.

Preso desde 14 de janeiro, Cerveró é réu em uma das ações na Lava Jato acusado de receber cerca de US$ 30 milhões em propina para corrupção para viabilizar a contratação de navios-sonda pela Petrobrás em 2006 e 2007. Ele nega as acusações.

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