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Após ataque hacker, Fux anuncia grupo para discutir segurança cibernética no Judiciário

Iniciativa ocorre após um ataque hacker ter atingido os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada e paralisado a atividade do tribunal

Por Breno Pires/BRASÍLIA
Atualização:

O ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), anunciou nesta segunda-feira, 9, a criação de um "comitê cibernético" para elaborar medidas de proteção à Justiça no ambiente virtual. A iniciativa ocorre após um ataque hacker ter atingido os sistemas do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na semana passada e paralisado a atividade do tribunal. Fux disse já ter tratado do assunto com o presidente do STJ, ministro Humberto Martins.

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Um hacker invadiu o sistema informatizado do Superior Tribunal de Justiça (STJ) na última terça-feira, 3, e mantém sob seu controle documentos e processos sigilosos que correm na Corte. Enquanto a Polícia Federal faz a investigação, peritos temem que os dados possam ter sido "copiados pelo invasor" e que o STJ venha a ser alvo de algum vazamento em massa de informações, assim como aconteceu com integrantes da Operação Lava Jato no ano passado.

"O evento trouxe uma preocupação maior", afirmou Fux, durante sessão do Conselho de Justiça Federal, nesta segunda-feira, 9. "Vamos criar um comitê cibernético, de proteção à Justiça digital do Poder Judiciário, com a parceria de todas as entidades que têm expertise sobre esse tema".

Ministro Luiz Fux, presidente do Supremo Tribunal Federal. Foto: Fellipe Sampaio/STF

O presidente do STF prometeu uma "resposta" ainda nesta terça-feira, 10, quando são esperados mais detalhes sobre o grupo de trabalho. Segundo Fux, esse comitê dará suporte aos tribunais que demonstrarem interesse.

"Então, todos os presentes tribunais fiquem livres, principalmente os federais, representados no Conselho Federal. (...) O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) dará todo o apoio possível e necessário", destacou Fux.

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Após essa manifestação, o presidente do STJ, Humberto Martins fez um agradecimento. "Nós temos que na verdade nos modernizar, garantindo celeridade e segurança, atuação jurisdicional e a melhor forma de atuar na vanguarda, abrindo caminhos para que a tecnologia seja utilizada para a pacificação social", observou Martins.

O sistema informatizado do STJ está voltando ao normal gradualmente, segundo o tribunal. A rede de e-mails, por exemplo, já está funcionando, após ter ficado por dias fora do ar. A Corte tem divulgado diariamente o detalhamento do status.

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