O presidente em exercício Michel Temer (PMDB) garantiu nesta quinta-feira, 12, logo após ser empossado, que a Lava Jato não vai acabar. "A moral pública, a moral pública será permanentemente buscada por meio dos instrumentos de controle e apuração de desvios. Nesse contexto tomo a liberdade de dizer que a Lava Jato tornou-se referência e, como tal, deve ter prosseguimento e proteção contra qualquer tentativa de enfraquecê-la", afirmou em pronunciamento no Palácio do Planalto, ao se referir à maior e mais complexa investigação já realizada no País contra a corrupção.
Com suas palavras, Temer busca acalmar os investigadores da Operação Lava Jato. Durante o processo de impeachment na Câmara e depois no Senado foram muitos os rumores de que com a queda de Dilma, a grande investigação poderia ser esvaziada.
Temer nomeou os ministros de seu governo nesta quinta-feira, 12. Ele foi oficialmente conduzido ao cargo quando o primeiro secretário do Senado, Vicentinho Alves (PR-TO), o notificou sobre o afastamento de Dilma Rousseff (PT).
Por volta das 17h15, Michel Temer deixou o Palácio do Jaburu em direção ao Palácio do Planalto.
Em seu primeiro pronunciamento como presidente em exercício, Michel Temer afirmou. "Minha primeira palavra ao povo brasileiro é confiança. Confiança nos valores que formam o caráter de nossa gente, na vitalidade de nossa democracia, na recuperação da economia nacional, nos potenciais do país, em suas instituições sociais e políticas."
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17h14: Autoridades se apertam neste momento no Salão Leste do Palácio do Planalto à espera da posse dos ministros do governo de Michel Temer e do pronunciamento do presidente interino. Falta cadeira para tantos convidados. Estão presentes,entre outros,os presidentes do PSDB e do DEM,senadores Aécio Neves (MG) e José Agripino (RN). Na chegada ao palácio,os convidados são recebidos comgritos de "golpistas" por um grupo de manifestantes que esta em frente à rampa,onde a presidente afastada Dilma Rousseff discursou nesta manhã. (LucianaNunes Leal)
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Ministérios do Governo Temer
Casa Civil: Eliseu Padilha (PMDB/RS)
Secretaria de Governo: Geddel Vieira Lima (PMDB/BA)
Fazenda (Incorpora Previdência): Henrique Meirelles (PSD/SP)
STN: Mansueto de Almeida
- Secretário Executivo: Carlos Hamilton Araújo
- SPE: Marcos Mendes
Planejamento - Romero Jucá (PMDB/RR)
- Secretário Executivo - Dyogo de Oliveira
- Chefe da Assessoria Econômica - Manoel Pires
Justiça e Cidadania: Alexandre Moraes (PSDB/SP)
Educação: (incorpora Cultura):Mendonça Filho (DEM/PE)
Saúde: Ricardo Barros (PP/PR)
Relações Exteriores (incorpora Apex): José Serra (PSDB/SP)
Turismo: Henrique Alves (PMDB/RN)
Integração Nacional: Helder Barbalho
Cidades: Bruno Araújo (PSDB/PE)
Minas e Energia: indicação da bancada do PSB no Senado
MDIC: Marcos Pereira (PRB)
Esportes: Leonardo Picciani (PMDB/RJ)
Desenvolvimento Agrário e Social: Osmar Terra (PMDB/RS)
Agricultura, Pecuária e Abastecimento: Blairo Maggi (PP/MT)
Transportes (Incorpora Aviação Civil e Portos): Maurício Quintella (PR/AL)
Comunicações, Ciência e Tecnologia: Gilberto Kassab (PSD/SP)
Ministério da Transparência e do Combate à Corrupção (Ex-CGU): Fabiano Silveira
Defesa: Raul Jungmann (PPS/PE)
Trabalho: Ronaldo Nogueira (PTB/RS)
Meio Ambiente: Sarney Filho (PV/MA)
Sem status de ministério:
Secretaria Especial de Investimento: Moreira Franco (PMDB/RJ)
AGU: Fábio Medina Osório
Banco Central: Ilan Goldfajn
*Leonardo Quintao será o Líder do PMDB na Camara*