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Ao esticar inquérito de Aécio, Gilmar Mendes reclama de 'atraso das investigações'

Ministro do Supremo Tribunal Federal prorrogou por mais 60 dias apuração sobre suposto esquema de corrupção em Furnas

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Por Julia Affonso , Mateus Coutinho e Fausto Macedo
Atualização:

Gilmar Mendes (à esq.) e Aécio Neves em visita ao Centro Integrado de Atendimento ao Adolescente Autor de Ato Infracional, em 2009. Foto: Omar Freire/Imprensa MG/DIVULGACAO

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), prorrogou por mais 60 dias o inquérito que investiga o envolvimento do senador Aécio Neves (PSDB) em um suposto esquema de corrupção em Furnas. A decisão de Gilmar Mendes atende a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, para a extensão do prazo para a conclusão das investigações.

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"Registro que houve atraso no desenvolvimento das investigações", anotou o ministro. "Ficam a autoridade policial e o Ministério Publico Federal instados a observar os prazos de tramitação, nesta e em todas as investigações supervisionadas por este relator."

O tucano é suspeito de receber propina do ex-diretor de Furnas, Dimas Toledo, em um esquema de desvio de recursos na estatal semelhante ao investigado pela Lava Jato. O caso já havia sido relatado nas delações do lobista Fernando Moura e do doleiro Alberto Youssef.

Ao estender o prazo, o ministro Gilmar Mendes criticou a demora na apuração. Segundo o ministro, os autos foram remetidos à Corregedoria-Geral da Policia Federal para inquirição de três testemunhas, interrogatório do investigado e requisição e juntada de documentação.

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Gilmar descreveu, na decisão, o andamento da investigação. O ministro afirmou que a remessa dos autos à Corregedoria-Geral da Polícia Federal foi feita em 10 de junho deste ano e, após redistribuição interna, os autos foram despachados em 11 de julho, 'mais de mês após a remessa'.

"As inquirições não foram realizadas ou agendadas. Solicitada a prorrogação do prazo, foram os autos enviados à Procuradoria-Geral da Republica, em 7 de outubro de 2016. A devolução ocorreu somente em 17 de novembro de 2016", observou Gilmar Mendes.

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