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Anistia Internacional aponta 32 violações de direitos humanos nos mil dias do governo Bolsonaro

Entidade diz que brasileiros sofrem na pele a 'má gestão e omissão' que atinge o País nos últimos mil dias e destaca que seu relatório mostra as diversas vezes em que o governo Jair Bolsonaro 'descumpriu seu dever de garantir direitos e qualidade de vida para população brasileira'

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Por Pepita Ortega
Atualização:

Presidente Jair Bolsonaro nas manifestações de & de Setembro. Foto: Paulo Lopes/AFP - 7/9/2021

A Anistia Internacional aponta 32 violações de direitos humanos ligadas ao governo Jair Bolsonaro, que completa mil dias neste domingo, 26. Em relatório intitulado '1000 dias sem direitos - As violações do governo Bolsonaro', a entidade detalha os impactos de diferentes condutas e atos do chefe do Executivo envolvendo questões como a gestão da pandemia, os ataques à imprensa, as ameaças ao Estado de Direito e violações de direitos de povos indígenas e comunidades tradicionais.

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"O governo federal descumpre seu papel de garantir e facilitar acesso aos direitos humanos fundamentais como a vida, a liberdade, a igualdade, a segurança e a moradia", diz a entidade. A Anistia diz que brasileiros sofrem na pele a 'má gestão e omissão' que atinge o País nos últimos mil dias e destaca que seu relatório mostra as diversas vezes em que o governo Jair Bolsonaro 'descumpriu seu dever de garantir direitos e qualidade de vida para população brasileira'.

"Reunimos as ações da Anistia Internacional Brasil ao longo desses 1000 dias de governo Bolsonaro e concluímos que são 1000 dias sem direitos que brasileiros e brasileiras estão vivendo. As pessoas estão sentindo no bolso, no prato, na pele e no corpo as perdas dos seus direitos mais fundamentais", diz Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil.

Com relação à atuação frente à pandemia de covid-19, a entidade destaca a 'conduta negacionista e irresponsável, omissão, falta de transparência de dados, troca de ministros da saúde e falta de assistência adequada aos profissionais de saúde'.

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O relatório também cita a 'falta de vacinas para a população indígena e quilombola', violações de direitos da população carcerária durante a crise sanitária, e lembra das vidas que poderiam ser poupadas no primeiro ano de pandemia se o País tivesse adotado medidas preventivas de maneira 'mais firme e ampla'.

Além disso, o relatório elaborado pela entidade lembra do afrouxamento no controle de armas e da flexibilização do porte e acesso a armas, destacando 'inúmeros retrocessos na garantia da proteção de brasileiros e brasileiras e do direito à vida'.

A Anistia também questiona a relação de Bolsonaro com a imprensa, marcada por 'autoritarismo, intimidação e agressões verbais constantes' e lembra das investigações contra críticos do governo. A entidade aponta ainda a 'restrição ao amplo debate e as ameaças ao estado de direito em discursos de convocação de atos públicos' como 'graves perdas de direitos'.

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