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América Latina: saiba quais são as previsões para o comércio exterior em 2021

Por Cláudia Oliveira
Atualização:
Cláudia Oliveira. FOTO: DIVULGAÇÃO Foto: Estadão

É praticamente unanimidade o impacto econômico sofrido pela América Latina devido à ocorrência do coronavírus no ano de 2020, fato que trouxe uma instabilidade generalizada para setores importantes da economia brasileira, por exemplo. Com o passar do tempo e o surgimento de resoluções positivas sobre o tema, novas informações são levantadas a respeito de projeções econômicas e o que esperar para o ano que chegou. Pensando nisso, para compreender os efeitos e as próprias expectativas que especialistas possuem em relação ao comércio exterior, é de suma importância abordar tópicos preponderantes nesse sentido.

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Ao partirmos do princípio de que apesar da passagem anual, o crescimento econômico ainda depende de um dinamismo que foge do controle das organizações, tendo em vista a criação e distribuição das vacinas em território latino-americano, bem como a resposta do setor produtivo a medidas restritivas que visam controlar o cenário enquanto a vacinação em massa não se concretizar, todos os dados trabalhados se encaixam dentro deste contexto. E não poderia ser diferente, afinal, ainda é uma situação complexa compartilhada por todos.

O que diz a CEPAL

Segundo o Balanço Preliminar das Economias da América Latina e do Caribe 2020, divulgado pela Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (CEPAL), a região da América Latina, assim como o Caribe, apresentou uma contração de -7,7% no ano de 2020. No entanto, para 2021, é esperado que ocorra uma taxa de crescimento positiva, de 3,7%.

O estudo ainda aponta que os territórios citados foram os mais atingidos no âmbito mundial, sob uma ótica de contração econômica global. Entre possíveis válvulas de escape para que o cenário acompanhe uma evolução gradativa, o relatório utiliza exemplos voltados para a transformação produtiva no que diz respeito à sustentabilidade e o investimento em inovação tecnológica - ponto primordial para recuperação da maioria dos setores.

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Qual é o impacto para o comércio exterior?

Estendendo a reflexão para o comex, que também sofreu impactos ocasionados pela pandemia de coronavírus, a perspectiva é de que a contração econômica dificulte a integração nacional, o que se configura em um entrave para a diversificação das fontes produtivas. Ações direcionadas para a infraestrutura de logística e transporte assumem um papel determinante para que o fenômeno seja confrontado, com destaque para o suporte de ferramentas tecnológicas que simbolizam o protagonismo da inovação nesse contexto. É a hora de abraçar de vez a transformação digital para caminhar de forma sustentável no pós-pandemia!

O ano de 2020 indicou uma entrada forçada para o comércio mundial a tendências operacionais e comerciais que pautavam o segmento há um tempo considerável. Mudanças que caminhem rumo à desburocratização e facilitem a vida do empresariado, com políticas bem institucionalizadas, devem se consolidar como alternativas plausíveis para um futuro cada vez mais alinhado com o que entendemos de transformação digital.

Logo, a cada instante, novas informações são trazidas à mesa e modificam a ótica do comércio exterior. De concreto, podemos afirmar que a retração enfrentada pela região latina tem afetado, principalmente, organizações de porte menor, cuja realidade operacional não suporta a falta de insumos básicos e uma demanda mercadológica entregue à incerteza da pandemia. Com mais clareza e segurança estratégica, essas empresas terão os dispositivos necessários para compreender o mercado e tomar iniciativas proveitosas.

Por fim, as previsões sobre o comércio exterior em 2021 acompanham uma evolução gradativa do quadro de enfrentamento ao Covid-19 e imunização da população em sua totalidade. Para os que trabalham e dependem do comex, a tecnologia surge como uma aliada que transcende a eficiência operacional, servindo como parâmetro estratégico por meio do uso inteligente dos dados, com o protagonismo direcionado ao potencial humano. Dessa forma, com o acompanhamento pontual de estudos realizados por órgãos confiáveis e a automatização de processos cruciais para a saúde de qualquer negócio, a superação da contração econômica torna-se um objetivo mais próximo das empresas.

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*Cláudia Oliveira é COO da eCOMEX - NSI

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