O deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB/PR), aliado próximo do presidente Michel Temer, devolveu os R$ 35 mil que faltavam da mala com R$ 500 mil em propina viva que ele pegou no estacionamento de uma pizzaria em São Paulo das mãos de um executivo da JBS, em abril.
Na segunda-feira, 22, a defesa de Loures havia entregue na sede da Polícia Federal em São Paulo R$ 465 mil.
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Nesta quinta, 25, ele comunicou o Supremo que depositou em conta judicial o restante da propina. As dez mil notas de R$ 50 que Loures pegou na pizzaria estavam marcadas. Ele estava sendo seguido por agentes da PF, em um procedimento de ação controlada com autorização do ministro Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato no Supremo.
Os agentes o filmaram correndo com a mala até um táxi branco.
A investigação mostra que a mala era apenas uma parte da propina acertada por Loures com os executivos da JBS. Todas as dez mil notas foram marcadas pelos investigadores.
O procurador-geral da República Rodrigo Janot pediu a prisão de Loures, mas Fachin apenas decretou seu afastamento do mandato parlamentar. Janor insistiu por meio de recurso na prisão do deputado.