O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, estipulou o prazo de 24 horas para que a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária do Estado do Rio de Janeiro e o diretor do Hospital Samaritano Barra informem à Corte as circunstâncias da gravação e divulgação de um vídeo do ex-deputado Roberto Jefferson, presidente do PTB e preso no âmbito do inquérito das milícias digitais, enviado a aliados e divulgado no dia último dia 14. A decisão é desta segunda-feira, 18.
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O despachoAlexandre havia autorizado, no dia 4 de setembro, a saída do político do Complexo de Bangu para realizar tratamento médico no Hospital Samaritano Barra, mas manteve a prisão preventiva. Entre as medidas cautelares impostas, sob pena de retorno à prisão, estava o uso de tornozeleira eletrônica, a proibição de acesso às redes sociais e de ter contato com outros alvos do inquérito das milícias digitais e da investigação sobre a organização de manifestações violentas no feriado de 7 de Setembro.
No vídeo gravado pelo ex-deputado, e divulgado pelo portal Metrópole, ele afirma 'orar em desfavor do Xandão', apelido que usa para se referir a Alexandre de Moraes, e diz que 'Xandão não tem misericórdia de ninguém', enquanto lê trechos da Bíblia. Ele finaliza o vídeo dizendo que 'a tirania se esmaga bem'.
No último dia 13, o ministro determinou que o ex-deputado volte ao cárcere após receber alta do Hospital Samaritano Barra.