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Alexandre aciona TSE e TCU para apurar pagamentos de candidatos, partidos e órgãos públicos a empresas investigadas por disparo em massa de notícias falsas

Ministro do Supremo Tribunal Federal pediu compartilhamento de informações no âmbito do inquérito das fake news, prorrogado até julho, para verificar de companhias foram contratadas para impulsionar ataques e ameaças aos membros da Corte

Por Rayssa Motta/São Paulo e Rafael Moraes Moura/Brasília
Atualização:

O ministro Alexandre de Moraes é o relator das ações sobre as mudanças na Lei de Improbidade. Foto: Gabriela Biló / Estadão

Depois de garantir mais 90 dias de sobrevida ao inquérito das fake news, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal federal (STF), deu novo fôlego às apurações ao pedir que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Tribunal de Contas da União (TCU) façam levantamentos para verificar se candidatos, partidos políticos ou órgãos públicos pagaram empresas investigadas.

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Documento

O despacho

As empresas em questão também estão na mira de duas ações eleitorais, sob suspeita de oferecerem serviços de disparo em massa de mensagens, com conteúdos falsos, em benefício da campanha bolsonarista em 2018.

"Diversas empresas foram oficiadas nestes autos para prestar informações a respeito de sua atuação no disparo em massa de mensagens pagas apoiadores políticos dos então candidatos à eleição de 2018, não sendo a simples resposta de ofícios suficiente à apuração suficiente da existência ou não de ilegalidade", escreveu o ministro em despacho na semana passada.

Moraes também pediu ao TSE o compartilhamento das informações reunidas nos processos eleitorais, que buscam a cassação da chapa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Isso porque há uma suspeita de que o modo de funcionamento dos disparos seja semelhante ao usado nos ataques dirigidos contra os ministros do Supremo nas redes sociais - objeto do inquérito das fake news.

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No mesmo despacho, Moraes pediu que a Polícia Federal colha os depoimentos de sócios, ex-sócios e ex-funcionários das empresas.

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