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AGU barra camarão

Decisão judicial acolhe ação da Advocacia-Geral da União e interrompe processamento comercial de 4,5 toneladas do crustáceo por estabelecimento situado em João Pessoa

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Por Pepita Ortega e Pedro Prata
Atualização:

Em ação da Advogacia-Geral da União, a Justiça Federal na Paraíba barrou a continuidade do processamento comercial de camarão em um estabelecimento de Bayeux, região metropolitana de João Pessoa. A AGU apontou ilegalidade no procedimento.

Segundo a Assessoria de Comunicação da AGU (Ref.: Processo n. 0809803-69.2019.4.05.8200 - Justiça Federal da Paraíba), o estabelecimento foi interditado em maio deste ano pelo serviço de fiscalização de produtos animais do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Na operação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, foram apreendidas 4,5 toneladas de camarão. Foto: Pixabay/@cegoh

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No local, o produto era limpado e embalado para depois ser vendido nos mercados da Paraíba e Pernambuco. Mas os fiscais encontraram uma série de irregularidades, como falta de registro sanitário, veículos de transporte sem refrigeração, embalagens com rotulagem irregular e ausência de nota fiscal.

Mesmo com a interdição, o serviço de fiscalização federal recebeu denúncia de que a atividade ilegal continuava em três residências próximas ao estabelecimento comercial.

Por envolver endereço residencial, os fiscais do ministério precisavam de autorização da Justiça para verificarem a denúncia.

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A AGU, por meio da Procuradoria da União no Estado da Paraíba, ingressou com ação de busca e apreensão nos locais e a Justiça Federal da Paraíba autorizou a entrada dos fiscais nos imóveis.

Risco para a saúde

Na operação, que contou com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, foram apreendidas 4,5 toneladas de camarão.

O crustáceo estava sendo processado para a venda sem nenhuma condição de higiene, o que poderia colocar em risco a saúde dos consumidores, segundo a AGU.

"O camarão é um pescado muito perecível, tem que tomar cuidado com o beneficiamento. O Serviço de Fiscalização tem protocolo próprio de exigências para quem trabalha nesse ramo. Essa empresa fazia beneficiamento sem qualquer tipo de fiscalização, colocando em risco a saúde da população que consumia esse camarão", alerta o procurador-chefe da União na Paraíba, Petrov Ferreira Baltar Filho.

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O caso também foi encaminhado para o Ministério Público Federal para investigar os crimes praticados pelos proprietários do estabelecimento.

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