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Aécio afirma que 'jamais cogitou' retirar ação contra chapa no TSE

Em conversa gravada pelo executivo da JBS, Joesley Batista, o tucano afirma que a ação foi ajuizada 'só para encher o saco' do PT

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Aécio Neves. Foto: Wilton Júnior/Estadão

O senador afastado Aécio Neves (PSDB-MG) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, na noite deste sábado, 20, que ele e seu partido 'jamais cogitaram interromper' a ação movida contra a chapa presidencial Dilma/Temer, no Tribunal Superior Eleitoral. Em conversa gravada pelo executivo da JBS, Joesley Batista, o tucano afirma que a ação foi ajuizada 'só para encher o saco' do PT.

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"Lembra depois da eleição? Os filhas da p... sacanearam tanto a gente, vamos entrar com um negócio aí para encher o saco deles também.", disse Aécio, no diálogo gravado.

O senador afastado ainda diz que Michel Temer pediu que recuasse após o impeachment. "Se eu retirar, não tô nem aí, perco nada, mas o MP assume essa merda."

Em nota, a assessoria de imprensa de Aécio afirmaele 'ou o PSDB jamais cogitaram interromper sua tramitação'.

"O senador também jamais agiu para criar qualquer obstáculo à Lava Jato ou ao trabalho do Ministério Público. Ao contrário, ele sempre se manifestou favorável às investigações", afirmou.

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O processo que pode cassar Temer e punir Dilma vai a julgamento dia 6 no TSE. Ministros avaliam que a delação de Joesley vai influenciar votos.

Aécio Neves também foi gravado pedindo R$ 2 milhões a Joesley Batista. Os valores teriam sido repassados ao primo do senador afastado, Frederico Pacheco, e as primeiras tratativas foram feitas pela irmã de Aécio, Andrea Neves - estão em posse da Polícia Federal a filmagem dos repasses ao suposto receptor do tucano e conversas de WhatsApp com as solicitações de Andrea. Apesar de justificar que os R$ 2 milhões seriam para bancar advogados de defesa, o dinheiro foi transportado para Mendherson Souza, assessor de Zezé Perrella (PSDB-MG). Neste sábado, Aécio voltou a negar a 'origem ilícita' do dinheiro.

"O empréstimo feito pelo empresário da JBS não envolveu recursos públicos e seria regularizado por meio de contrato mútuo se o objetivo de Joesley Batista não fosse, desde o início, única e exclusivamente forjar uma situação criminosa para ganhar os benefícios da delação premiada", afirmou.

"O senador também jamais agiu para criar qualquer obstáculo à Lava Jato ou ao trabalho do Ministério Público. Ao contrário, ele sempre se manifestou favorável às investigações, conclui.

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