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Janaína e Cris pedem à polícia investigação sobre briga no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo

Atualizada às 13h*

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Foto do author Fausto Macedo
Por Pepita Ortega e Fausto Macedo
Atualização:

Imagens de câmera de segurança da Câmara mostram Cris Monteiro e Janaina Lima discutindo no plenário, antes de agressões no banheiro da Casa Legislativa. Foto: Reprodução

Os advogados que representam a vereadora Janaína Lima compareceram ao 1º Distrito Policial de São Paulo na manhã desta sexta-feira, 19, para solicitar a abertura de inquérito sobre os relatos de agressões físicas envolvendo a vereadora Cris Monteiro no banheiro da Câmara Municipal de São Paulo na noite do último dia 10. Após a documentação ser entregue à Polícia, o gabinete de Janaína representou contra Cris Monteiro perante a Corregedoria da casa legislativa. O órgão já havia sido acionado por Cris nesta quinta-feira, 18, quando a vereadora pediu investigação por quebra de decoro contra Janaína. Ambas as parlamentares são do Novo, mas tiveram as filiações suspensas após o ocorrido.

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Ouvida pela reportagem, a equipe de Cris Monteiro informou que a vereadora também entrou com pedido de abertura de inquérito policial para apurar eventuais infrações penais. A parlamentar pediu que a investigação corra em segredo de Justiça. O documento foi entregue à Polícia nesta quinta-feira, 18.

A representação de Janaína é assinada pelos advogados Antônio Cláudio Mariz de Oliveira e Fábio Mariz de Oliveira e tem como base o boletim de ocorrência registrado por Janaína após a suposta briga - cujos relatos foram antecipados pela Coluna do Estadão.

Cris Monteiro também registrou ocorrência sobre o caso e ambos os B.O.s foram encaminhados para tramitação perante o 1º DP da capital. No entanto, para que seja aberta investigação é necessário que as partes apresentem representação demonstrando interesse nas apurações.

O documento elaborado pela defesa de Janaína divide a narrativa do ocorrido em três momentos, dois deles registrados por câmeras da Câmara Municipal - o início do desentendimento entre as vereadoras, ainda no Plenário, e o momento em que elas entram no banheiro, onde teriam ocorrido as agressões.

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O argumento central dos advogados que representam Janaína é o de que, em partes do evento que foram gravadas, o chamado 'ânimo agressivo' seria de Cris Monteiro e que Janaína Lima teria apenas se 'desvencilhado' da correligionária. A defesa diz que Cris é quem fecha a porta do banheiro onde teria ocorrido a briga - momento não registrado em vídeo e testemunhado apenas pelas duas vereadoras. "Não há como inverter o animus de ferir só por que está no privado, ele já estava posto", afirma o advogado Fábio Mariz, um dos representantes de Janaína.

Nos relatos iniciais, Cris Monteiro disse ter sido agredida primeiro e divulgou fotos em que aparece com marcas roxas no pescoço, machucados no joelho e outras escoriações, alegando que Janaína tentou enforcá-la durante a briga. Já Janaína diz ter reagido a agressões de Cris e agido em legítima defesa, negando a tentativa de enforcamento. A vereadora também divulgou fotos em que aparece com arranhões e roxos.

A representação criminal e na representação à Corregedoria da Câmara subscritas por Janaína Lima apresentam o seguinte relato sobre o momento no banheiro: "Dentro do recinto a Vereadora Cristina Monteiro agarrou a ora Denunciante pelos braços, batendo seu corpo e sua cabeça na parede por diversas vezes. No afã de se defender, a Vereadora Janaína Lima a empurrou, desvencilhando-se de sua agressora".

Segundo a equipe de Cris Monteiro, a representação apresentada contra Janaína à Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo pede que sejam tomadas 'as medidas disciplinares cabíveis e aplicáveis, prioritariamente, à medida de perda de mandato ou, subsidiariamente, a suspensão temporária do mandato'.

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