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Advogado-geral defende 'rede do bem' no combate à corrupção

Em evento no Itamaraty, nesta terça, 3, André Mendonça, chefe da AGU, prega 'esforço conjunto entre países' para atacar malfeitos

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Por Luiz Vassallo
Atualização:

Advogado-geral da União, André Luiz de Almeida Mendonça. Foto: DANIEL ESTEVÃO/ASCOM/AGU

O advogado-geral da União André Mendonça defendeu a 'rede do bem' no combate à corrupção. Durante evento no Itamaraty, nesta terça, 3, o chefe da AGU pregou a necessidade de 'esforço conjunto entre países' para enfrentar os malfeitos. "Precisamos mudar a nossa forma de combater a corrupção, em que o diálogo e a rede do bem, que é a rede de combate à corrupção, precisam estar fortalecidas."

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Mendonça participou da cerimônia de abertura da Semana de Combate à Corrupção Transnacional, no Palácio do Itamaraty, informou a Assessoria de Comunicação da AGU.

O evento, promovido em conjunto por Advocacia-Geral da União, Controladoria-Geral da União e Ministério Público Federal reunirá até sexta, 6, sessenta autoridades de 14 países que atuam no combate à corrupção.

O objetivo do evento é discutir o combate à pratica de corrupção na América Latina e Caribe, a responsabilização de empresas envolvidas no crime organizado e ferramentas de ataque ao suborno transacional.

Na avaliação de André Mendonça 'combater a corrupção hoje é mais difícil do que há 30 anos, quando existia um sistema hierarquizado, ainda sem tantos meios de comunicação e sem tantos mecanismos de tráfico de recursos'.

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O advogado-geral da União afirmou. "Hoje temos o que chamamos de corrupção em redes, em que elas não têm necessariamente um chefe, mas uma multiplicidade de grandes atores, em que mesmo que se retire um, ela se recompõe."

Mendonça sugere troca de informações e conhecimentos. "Que possamos aprender uns com os outros. Esse evento demonstra o compromisso do Brasil com o combate à corrupção e com os países aqui presentes. Um compromisso de cooperação, de união, de soma de esforços e de busca de um novo perfil de governança pública."

O ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, destacou que o combate à corrupção é prioridade do governo brasileiro. "O trabalho consistente do Estado contra a corrupção fez com que Brasil se tornasse chave na transparência. O Brasil tem a capacidade de trazer uma contribuição relevante", afirmou.

Para o ministro da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, 'os trabalhos que estão sendo realizados no país são árduos'. "Temos a exata noção de que, por mais que nós já tenhamos evoluído muito, temos muito a fazer e a melhorar dentro dos processos."

A procuradora-geral, Raquel Dodge, destacou que o crime organizado atravessa fronteiras com facilidades. "Quanto mais demoramos a trocar informações, mais aumenta o crime organizado transnacional. Muitas dessas empresas têm capital próprio superior a de muitos países da nossa região, o que dá a dimensão do impacto que a atuação delas pode causar sobre o patrimônio público e promovendo lavagem de dinheiro."

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