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Advogado diz que 'Vermelho' está atordoado

Luiz Gustavo Delgado levou remédios na sede da PF em Brasília para Walter Delgatti Neto, preso na Operação Spoofing por suspeita de hackear celulares do ministro Sérgio Moro e de centenas de outras autoridades

Por Patrik Camporez e Breno Pires/BRASÍLIA
Atualização:
 

O advogado Luiz Gustavo Delgado, que representa Walter Delgatti Neto, o 'Vermelho', preso na Operação Spoofing, levou comida, remédios de uso controlado e um cobertor para seu cliente na tarde desta quarta-feira, 24, na Superintendência da Polícia Federal em Brasília.

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O advogado disse que ainda não teve acesso ao inteiro teor do inquérito. "Ele (Walter) prestou um depoimento. Eu não tive acesso ainda. Vou ver as medidas cabíveis no caso do meu cliente", afirmou.

Ainda segundo ele,'Vermelho' prestou depoimento acompanhado por defensor público na terça, 23. "Conversei com ele. Ele tem problemas psiquiátricos. Está atordoado."

Preso em Araraquara, interior de São Paulo, nesta terça-feira, 23, , 'Vermelho' confessou à Polícia Federal que hackeou o ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública), o procurador Deltan Dallagnol (coordenador da Operação Lava Jato no Paraná) e centenas de procuradores, juízes e delegados federais, além de jornalistas. 'Vermelho' acumula processos por estelionato, falsificação de documentos e furto.

Em seu Twitter, Sérgio Moro postou nesta quarta, 24, que 'pessoas com antecedentes criminais' são a 'fonte de confiança daqueles que divulgaram as supostas mensagens obtidas por crime'.

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O ministro não citou nomes em sua mensagem. Ao apontar para "pessoas com antecedentes criminais', o ministro se refere ao grupo preso pela PF na Operação Spoofing.

Desde junho, Moro é alvo divulgação de diálogos a ele atribuídos com o procurador Deltan Dallagnol, pelo site The Intercept. O site afirmou que recebeu de fonte anônima o material, mas não revelou a origem. Moro nega conluio - ele e Dallagnol afirmam não reconhecer a autenticidade das conversas.

Nesta quarta, 24, os diretores do site The Intercept, Leandro Demori e Glenn Greenwald, comentaram, também no Twitter, as declarações de Moro. "Está cada vez mais claro: Moro virou político em busca de um foro privilegiado pra poder falar impunemente em público as coisas que dizia antes em chats secretos", disse Demori.

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